Moeda brasileira segue com desempenho inferior a de seus principais pares latino-americanos, os pesos chileno e mexicano
Paulo Guereta/Zimel Press/Estadão Conteúdo - 24/03/2022
Dólar à vista ainda acumula baixa de 0,36% na semana
O dólar fechou a quinta-feira (11), em alta de 0,55%, cotado a R$ 5,4426, com máxima a R$ 5,4536 à tarde. Pela manhã, a moeda chegou a ser negociada abaixo de R$ 5,40, com mínima a R$ 5,3704, em sintonia com o exterior, após a surpreendente deflação ao consumidor nos EUA aumentar as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve neste ano. Além disso, divisas latino-americanas como os pesos chileno e colombiano também se descolaram da tendência de enfraquecimento global da moeda americana ao longo da tarde. A forte apreciação do iene, em meio a especulações de intervenção do governo japonês no mercado de câmbio, teria levado a desmonte de operações de carry trade com parte das divisas emergentes. O peso mexicano, contudo, se valorizou com perspectivas de manutenção de juros altos após repique da inflação no México.
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Apesar da alta hoje, o dólar à vista ainda acumula baixa de 0,36% na semana. Nos nove primeiros pregões de julho, a moeda apresenta desvalorização de 2,61%. Embora a diminuição dos ruídos domésticos explique a recuperação do real do início de julho para cá, a moeda brasileira ainda tem no mês desempenho um pouco inferior a de seus principais pares latino-americanos, os pesos chileno e mexicano. O Ibovespa, contudo, segue invicto desde o começo de julho, chegando ao nono ganho consecutivo, o que iguala em extensão a sequência entre 14 e 26 de fevereiro de 2018.
Mesmo na contracorrente do dólar nesta quinta-feira – em avanço de 0,55%, a R$ 5,4426 -, o índice registrou também a maior alta da série iniciada em 1º de julho. Hoje, subiu 0,85%, a 128.293,61 pontos, entre mínima de 127.220,95, da abertura, e máxima de 128.326,23, do fim da tarde O giro foi de R$ 19,8 bilhões. Mesmo na contramão do câmbio, o Ibovespa foi embalado desde a manhã pela leitura abaixo do esperado para a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em junho, o que determinou o sinal positivo do índice da B3 desde a abertura, agora aos 128 mil e no maior nível de fechamento desde 14 de maio, então aos 128 515,49.
*Com informações do Estadão Conteúdo