Dólar fecha em leve queda de 0,10%, a R$ 5,64, com petróleo e debate nos EUA

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Paulo Guereta/Zimel Press/Estadão Conteúdo

Notas de dólar sobrepostas e, no fundo, a base de um notebook

Moedas latino-americanas pares do real teriam ganhado impulso extra com a reversão parcial de posições compradas em dólar

O ambiente internacional ditou o comportamento do mercado de câmbio doméstico nesta quarta-feira (11) dia marcado pela divulgação da última leitura de inflação ao consumidor norte-americano antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Após a alta de 1,32% na terça-feira, quando superou R$ 5,65 e fechou no maior valor desde 6 de agosto, o dólar à vista apresentou leve recuo nesta quarta. O real se beneficiou da alta de mais de 2% dos preços do petróleo e do apetite por divisas emergentes, diante da redução dos temores de recessão nos EUA.

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Moedas latino-americanas pares do real teriam ganhado impulso extra com a reversão parcial de posições compradas em dólar, na esteira da avaliação de que a candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, venceu debate da terça-feira à noite contra Donald Trump. Uma suposta vitória do ex-presidente é vista como desfavorável a divisas da região, por aumento do protecionismo.

Com mínima a R$ 5,6074 e máxima a R$ 5,6748, o dólar à vista fechou a R$ 5,6498, em baixa de 0,10%. Com ganhos de 1,07% na semana, a moeda passou a apresentar leve valorização no mês (0,26%). Segundo analistas, a taxa de câmbio se mantém ao redor de R$ 5,65 em razão, sobretudo, de prêmios de risco associados ao quadro fiscal doméstico.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes – o DXY ensaiou um queda pela manhã, sob impacto do debate presidencial nos EUA. O Dollar Index ganhou força ainda pela manhã, após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), e operava no fim do dia em leve alta, na casa dos 101,700 pontos.

O CPI subiu 0,2% em agosto ante julho e mostrou avanço de 2,5% na comparação anual, em linha comas expectativas. Já o núcleo do índice – que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia – avançou 0,3% no mês passado, acima do esperado. Após a leitura do CPI, as chances de uma redução de 25 pontos-base pelo Federal Reserve na próxima quarta-feira, 18, soltaram da casa de 70% para mais de 80%, segundo monitoramento do CME Group.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Keller

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