No ano, o dólar acumula valorização de 16,20%, o que faz o real ter o segundo pior desempenho entre as divisas mais relevantes, com perdas menores apenas que às do peso mexicano
ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Operadores ressaltam que taxa de câmbio acima de R$ 5,60 revela ausência de liquidez
Após trocas de sinais e variações bem moderadas ao longo da tarde, o dólar à vista encerrou a sessão desta quarta-feira (4), praticamente estável. Operadores ressaltam que taxa de câmbio acima de R$ 5,60 revela ausência de liquidez e uma postura cautelosa dos investidores estrangeiros, que combinam compra de ações domésticas com manutenção ou aumento de hedge cambial. A formação da taxa de câmbio se deu nesta quarta sob forças opostas. De um lado, o sinal predominante de baixa do dólar no exterior e o recuo dos Treasuries jogavam a favor do real.
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Dados aquém do esperado do mercado de trabalho norte-americano revelados pelo relatório Jolts aumentaram as apostas em um corte de juros em 50 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em setembro, embora as chances de redução de 25 pontos sigam majoritárias. Na outra ponta, o desempenho ruim de divisas latino-americanas pares, em dia de queda do minério de ferro e do petróleo, moderava o apetite pela moeda brasileira. Temores de recessão nos EUA podem estar pesando sobre as moedas da região.
O peso chileno caiu mais de 1,5%, refletindo a decisão da terça à noite do Banco Central do Chile de retomar seu ciclo de afrouxamento monetário, com corte da taxa básica em 25 pontos-base, para 5,5% ao ano. Com mínima a R$ 5,6165 e máxima a R$ 5,6620, o dólar à vista terminou o pregão cotado a R$ 5,6397 (-0,01%). Na semana, a moeda tem ligeira alta (+0,08%). No ano, o dólar acumula valorização de 16,20%, o que faz o real ter o segundo pior desempenho entre as divisas mais relevantes, com perdas menores apenas que às do peso mexicano.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Keller