A Bolsa de Valores de São Paulo operava em alta 0,82%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subiu para 126.980 pontos.
Os investidores estão no aguardo de dados importantes esta semana, como a a decisão sobre a Selic na quarta-feira (11). Conforme a pesquisa feita pelo Banco Central com mais de 100 analistas e economistas, o mercado prevê para o fechamento de 2024, juro de 12% ao ano. Isso pressupõe uma nova elevação nesta semana. A previsão anterior era de 11,75%. Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano, após dois aumentos.
É por causa do diferencial de juros internacional que o mercado está ansioso pela nova taxa de juros que o BC define depois de amanhã. Juros altos são ruins para as empresas, os investimentos e para a Bolsa. Mas o mercado acredita que se a taxa aqui for mais alta, o dinheiro de investidores no mundo todo voltará a ser aplicado no Brasil. Muitos emprestam em países onde o juro é baixo e aplicam onde a taxa é mais alta. Esse fluxo aumentaria a quantidade de dólares no mercado e ajudaria o câmbio a arrefecer.
Assim, as investidores também estão de olho na agenda internacional. O Índice de Preços ao Consumidor nos Estados Unidos será divulgado na quarta e é um termômetro para as apostas sobre o próximo movimento do Federal Reserve (Fed, o banco Central dos EUA). Juros menores lá ajudam o capital a vir para cá.
Na China
O governo chinês sinalizou a intenção de impulsionar o consumo "vigorosamente", melhorar a eficiência dos investimentos e expandir a demanda doméstica "em todas as direções". Segundo o comunicado sobre uma reunião do Politburo, principal órgão político da China, nesta segunda, Pequim se comprometeu a pôr em prática uma política fiscal "mais proativa" e uma postura monetária "moderadamente frouxa" em 2025. O comitê também pretende adotar medidas para estabilizar o setor imobiliário e o mercado acionário.