Fim do sistema de checagem de fatos feita por agências. Checagem de fatos ocorre em propriedades das Meta desde 2016, quando Trump foi eleito. Os verificadores identificam boatos e caso algo seja falso, o alcance é reduzido e havia uma notificação na publicação. Temas como covid-19, eleições e desastres naturais costumavam receber algum tipo de sinalização.
Em um anúncio pouco comum, Zuckerberg fala em se juntar ao governo dos EUA para lutar contra governos ao redor do mundo que atacam empresas do país. O CEO da Meta cita que a Europa tem leis que institucionalizam a censura e que na América Latina há "cortes secretas" que exigem que empresas removam conteúdos.
A medida será feita primeiro nos Estados Unidos, e posteriormente pode ser adotada em outros países. Mark Zuckerberg anunciou a mudança nesta terça-feira (7) em vídeo postado nas redes sociais
Na prática, a rede vai remover agências de checagem profissionais para ter um sistema de notas da comunidade. Nesse esquema, os próprios usuários das redes podem explicar algo, incluindo links e imagens, e essa explicação é votada pelas outras pessoas. Atualmente, o X conta com um sistema de checagem de informação dessa forma.
Depois da eleição da primeira eleição de Trump, em 2016, a mídia tradicional escreveu sem parar sobre como fake news eram uma ameaça para a democracia. Tentamos de boa-fé a endereçar essas preocupações, sem nos tornamos árbitros da verdade. Mas os checadores de fatos são muito enviesados politicamente e destruíram mais a confiança [das pessoas] do que a criaram, especialmente nos EUA.
Mark Zuckerberg
Mudança tem como objetivo "reduzir erros", segundo Zuckerberg. O executivo diz que a Meta quer simplificar políticas de conteúdo e "restaurar a liberdade de expressão nas plataformas". Zuckerberg cita que a rede conta com sistemas complexos de moderação e que eventualmente errava, censurando milhões de pessoas.