No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz recebem Ana Paula Appel. A também engenheira de IA da IBM explica como os poderes dessas supermáquinas podem encontrar as melhores rotas no Waze ou... decifrar se o Corinthians se livra ou não do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Appel lembra que os computadores quânticos são um sonho que nasceu com o físico Richard Feynman (1919-1988). Ele detectou que a natureza não era binária, diferentemente da forma como os computadores tradicionais processam dados. Essa peculiaridade o impedia de realizar determinadas projeções a respeito de alguns fenômenos.
Com isso em mente, muita gente colocou a mão na massa para construir computadores que funcionassem com as premissas da física quântica, como a sobreposição.
Mas qual a diferença da computação convencional?
De modo geral, exemplifica Appel, usar código binário faz com que computadores tradicionais trabalhem como uma lâmpada, que possui apenas dois estados: aceso e apagado. Já na computação quântica, é como se fosse possível que a máquina operasse em qualquer estágio entre a luz acesa e completamente apagada. Ou seja, pudesse assumir qualquer graduação da luminosidade, da mais intensa à mais fraca.
Outro exemplo é um jogo de cara e coroa. Na computação clássica, o resultado é binário: cara ou coroa. Na quântica, o resultado é porcentagem de cara e um porcentagem de coroa.