'Discreto e inteligente': hacker de 22 anos por trás do MaxBuscas é preso

há 3 dias 3

"Autodidata e extremamente inteligente" foram os termos usados para definir "Code". O responsável pela operação, o delegado Eduardo Dal Fabro, da DRRC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos) da PCDF, disse que o rapaz era muito discreto a ponto de "ninguém desconfiar" do que ele fazia.

Homem pode enfrentar até 24 anos de reclusão, além de multa. Ele vai responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação qualificada e invasão de dispositivo informático.

A operação DarkCode é a segunda fase da investigação que busca desarticular a organização responsável pelo MaxBuscas. Na primeira fase, chamada de Darkspot, três pessoas foram detidas, um homem no Rio de Janeiro, e um casal do Rio Grande do Sul que estava em Santa Catarina, num condomínio com praia privativa. A página, que permitia acesso a dados ilegais, foi tirada do ar no fim de fevereiro.

Investigações da polícia dão conta que o MaxBuscas tinha dois donos: o homem preso em fevereiro com sua companheira em Santa Catarina e "Code". Tanto a primeira fase da operação como a de ontem contaram com o apoio da PCRS (Polícia Civil do Rio Grande do Sul).

MaxBuscas foi um dos painéis acessados em reportagem do UOL Prime para mostrar como golpistas sabem tanto sobre suas vítimas. Com uma busca por um nome, era possível achar o CPF, informações de crédito, de parentes, números telefônicos e até renda. O nome da plataforma não foi divulgado na reportagem à época para não fazer publicidade da página ilegal.

Páginas como essa facilitam a vida de criminosos e tornam os golpes muito mais eficientes. Geralmente, os bandidos assinam esse tipo de serviço para escolher vítimas ou obter informações sobre elas. No golpe da falsa central telefônica, por exemplo, a pessoa sabe dados detalhados da vítima, como conta bancária, data de nascimento, CPF, nomes de parentes, etc.

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