Além do desconto, as máquinas usadas têm disponibilidade imediata. Já as grandes fábricas trabalham com prazos de três a quatro meses, com entrega programada. Não trabalham com estoque e, sim, com demanda puxada. Além disso, alguns fabricantes estão optando por fabricar menos, devido à retração do mercado e falta de componentes no pós-pandemia.
Há sites de compra e venda como Usadão e MF Rural. Mas os produtores preferem fazer a compra pessoalmente ou com a concessionária da sua região, verificando o equipamento in loco, já que as máquinas são tão caras.
Nos sites, os preços também podem ter diferenças grandes. A mesma máquina, do mesmo ano, pode ser comercializada com diferenças bem grandes de valores. Ou seja, os produtores preferem uma relação comercial local.
Quais as máquinas que mais valem a pena? E quais é melhor não comprar?
Os mais recomendados por especialistas na hora da compra são aqueles voltados para as necessidades dos pequenos e médios produtores, com potência de 100 cv. É mais fácil conseguir linhas de crédito e outros subsídios do governo. Como por exemplo benefícios do Pronaf com juro zero e até 10 anos para pagar. Estes equipamentos atendem às necessidades da agricultura familiar.
O sinal vermelho é dado para plantadeiras com tempo de uso acima de 15 anos, e as colheitadeiras, acima de 25 anos. "Neste caso, elas já estão sucateadas, ultrapassadas e costumam ser de difícil manutenção. Algumas saíram de linha e pararam de ser produzidas", diz o empresário Eder Faccin, dono da empresa de mesmo nome, responsável pela venda de máquinas agrícolas semi-usadas na cidade de Santa Maria (RS).