O número de pessoas que precisam receber uma medula óssea cresceu 25,8% no Brasil desde 2022. Naquele ano, eram 1.637 pacientes na fila para o transplante. Até o último mês de novembro, eram 2.060. Os dados são do Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea).
A quantidade de doadores também cresceu no período, saltando de 119 para 129 mil. Só em 2024, foram realizadas 431 coletas de medula para transplante, 8% a mais que as 382 de 2022.
O Ministério da Saúde atribui esse avanço a um esforço conjunto do governo federal, hemocentros e hemonúcleos estaduais, que promovem campanhas de conscientização e cadastramento de doadores e receptores.
O transplante de medula óssea é um procedimento essencial para tratar doenças graves do sangue e do sistema imunológico, como leucemias, linfomas, aplasia de medula, síndromes de imunodeficiência e mielomas múltiplos. Ele substitui a medula óssea doente ou deficitária por uma saudável.
A maioria dos pacientes, no entanto, não encontra doador compatível na família. A probabilidade depende de diversos aspectos genéticos e de etnia, mas esta chance aumenta, significativamente, quando doador e paciente pertencem à mesma população.
Quando um paciente precisa de transplante, inicialmente se busca compatibilidade entre familiares. Caso não haja, inicia-se a procura em registros de doadores no Brasil e no exterior. A equipe do Redome utiliza tecnologias avançadas para cruzar informações genéticas e identificar possíveis doadores, que são contatados para confirmação de disponibilidade e realização de exames complementares.
Como se tornar um doador de medula óssea?
Para se cadastrar como, é necessário:
-
Ter entre 18 e 35 anos (o cadastro permanece ativo até os 60 anos);
-
Estar em boas condições de saúde e sem doenças impeditivas;
-
Apresentar documento oficial com foto;
-
Comparecer ao hemocentro mais próximo para a coleta de uma amostra de 10 ml de sangue para exame de compatibilidade genética.