Delfim Netto teve apenas uma filha e um neto; conheça herdeiros

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Em setembro de 2023, Fabiana Delfim, filha de Delfim Netto, participou da inauguração de exposição dedicada ao pai na FEA-USP
Em setembro de 2023, Fabiana Delfim, filha de Delfim Netto, participou da inauguração de exposição dedicada ao pai na FEA-USP Imagem: Divulgação/FEAUSP

Avô coruja. O neto de Delfim, Rafael, nasceu quando o avô tinha mais de 80 anos. Segundo perfil da revista Piauí publicado em 2014, as fotos de Rafael enchiam o gabinete de Delfim Netto.

Sobrinho advogado envolvido em polêmicas. Luiz Appolonio Neto, sobrinho de Delfim, foi alvo de investigação em 2016 por ter recebido R$ 240 mil em seu escritório em São Paulo. Segundo Appolonio Neto, o valor, enviado pela empreiteira Odebrecht, foi recebido "a pedido do tio" e repassado a Delfim Netto.

Dois casamentos. Delfim Netto foi casado com Mercedes Saporski Delfim, que morreu em 2011 aos 93 anos, e atualmente era casado com Gervásia Diório.

Fabiana Delfim e seu pai, Delfim Netto, em 2007
Fabiana Delfim e seu pai, Delfim Netto, em 2007 Imagem: João Sal/Folhapress

O que aconteceu

Antônio Delfim Netto morreu aos 96 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na última segunda-feira (12). O ex-ministro estava internado desde o dia 5 de agosto e, segundo sua assessoria, morreu "em decorrências de complicações no seu quadro de saúde".

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Trajetória acadêmica e política. Professor, economista, político e diplomata brasileiro, Delfim Netto foi o nome à frente do chamado "milagre econômico", conjunto de medidas aplicado entre as décadas de 1960 e 1970 e que fez a economia brasileira crescer cerca de 11% ao ano. Por outro lado, o período também ficou marcado pelo aumento da concentração de renda no Brasil

Relação com a ditadura. Delfim Netto comandou o Ministério da Fazenda durante boa parte da ditadura militar no Brasil e foi um dos signatários do Ato Institucional Nº 5, de dezembro de 1968, que endureceu o regime militar e permitiu a perseguição a rivais políticos do governo.

Delfim Netto ao lado de Emílio Médici, o terceiro presidente do período da ditadura militar no Brasil
Delfim Netto ao lado de Emílio Médici, o terceiro presidente do período da ditadura militar no Brasil Imagem: Reprodução/Folhapress

Investigações e denúncia. Em 2018, Delfim Netto foi citado em delação premiada durante a Operação Lava Jato e acusado de receber cerca de R$ 15 milhões como propina durante a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Na investigação, ele afirmou que os valores recebidos durante a construção da usina foram pagos graças à consultoria prestada por ele para a criação do consórcio que venceu o leilão do estabelecimento.

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