Segundo informações divulgadas pelo Banco Central, resultado marca o pior desempenho desde o início da série histórica da instituição, que começou em dezembro de 2001
FáTIMA MEIRA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Empresas estaduais e municipais apresentaram déficits de R$ 1,3 bilhão e R$ 39 milhões, respectivamente
As empresas estatais do Brasil enfrentaram um déficit primário histórico de R$ 8,07 bilhões em 2024, conforme informações divulgadas pelo Banco Central. Este resultado marca o pior desempenho desde o início da série histórica da instituição, que começou em dezembro de 2001. O déficit das estatais federais foi de R$ 6,7 bilhões, enquanto as empresas estaduais e municipais apresentaram déficits de R$ 1,3 bilhão e R$ 39 milhões, respectivamente.
Em comparação com 2023, quando o déficit total das estatais foi de R$ 2,3 bilhões, a situação se agravou consideravelmente. Naquele ano, as estatais estaduais contribuíram com R$ 1,3 bilhão para o resultado negativo, seguidas pelas federais com R$ 656 milhões e pelas municipais com R$ 313 milhões.
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A ministra Esther Dweck comentou que um débito orçamentário não necessariamente indica problemas na saúde financeira das empresas estatais. Ela explicou que parte desse déficit é resultado de investimentos realizados ao longo de 2024. Dweck também mencionou que estatais como Serpro e Dataprev, que apresentaram lucros líquidos de R$ 426 milhões e R$ 385 milhões, respectivamente, também enfrentaram déficits orçamentários.
Levantamento da Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) mostra que entre as 11 empresas que registraram déficit primário, 9 estavam acumulando lucros até o terceiro trimestre de 2024. Das 20 estatais analisadas, 16 devem encerrar o ano de 2024 com resultados positivos, o que sugere que, apesar dos déficits, muitas delas mantêm uma trajetória de lucratividade.
*Reportagem produzida com auxílio de IA