David Lynch foi artista visual prolífico além de cineasta; veja pinturas e esculturas

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David Lynch, cineasta morto aos 78 anos nesta quinta-feira (16), trabalhou por mais de 50 anos com diversos meios da arte, como desenho, fotografia, pintura, escultura, música e cinema.

Lynch frequentou a Escola Museu de Boston e a Academia de Artes da Pensilvânia nos anos 1960. Sua primeira incursão no cinema foi o stop-motion "Six Men Getting Sick (Six Times)", onde produziu uma "pintura em movimento".

Sua popularidade veio, em maior parte, porém, por seu trabalho como cineasta. Lynch realizou filmes enigmáticos como "Veludo Azul", de 1986, "Cidade dos Sonhos", de 2001, e a série televisiva "Twin Peaks".

Com traços que flutuam entre o orgânico e o industrial, a obra visual de Lynch coloca ênfase nas texturas dos trabalhos e era influenciada pela arte de Francis Bacon e pela literatura de Franz Kafka, também muito influentes na sua concepção de cinema.

Em 2016, o documentário "David Lynch: A Vida de um Artista" deu conta da sua formação, registrando o artista em seu ateliê.

Apesar de ter exposto sua arte ao longo das décadas, o interesse maior em mostras individuais ocorreu ao longo dos anos 2000, como em "The Unified Field", em 2014, quando mais de 90 pinturas suas foram destaque na Academia de Belas Artes da Pensilvânia.

Em 2022, a galeria Pace, que o representava, fez também a mostra "Big Bongo Night", em Nova York. Nos trabalhos, misturou elementos do surrealismo e da Art Brut, refletindo sobre o doméstico, o cotidiano e a realidade dura da vida contemporânea.

Suas esculturas, pinturas e obras de papel, misturadas com materiais como ferro, madeira, resina, vidro e gesso, criavam imagens como seu cinema: inimitáveis e desafiadoras. "A única maneira de encontrar o novo é começar coisas diferentes e ver se há algo que pode resultar da experimentação", disse o artista.

Lynch possui obras no MoMA de Nova York, no Museu de Arte do Condado de Los Angeles, no Museu Bonnefanten, em Maastricht, na Academia de Artes da Pensilvânia e na Fundação Louis Vuitton, em Paris.

Além disso, suas obras passaram por cidades como Brisbane, na Austrália, Londres, Copenhague, Manchester, Moscou, entre outras.

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