Copom eleva taxa Selic para 12,25% ao ano

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Foi a terceira alta consecutiva no ciclo de ajuste iniciado em setembro; o colegiado já indicou a possibilidade de novos aumentos de 1 ponto percentual nas duas próximas reuniões

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Imagem aérea da sede do Banco Central

A reunião marcou também a demissão de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, nesta quarta-feira (11), a taxa básica de juros Selic em 1 ponto percentual, que passou de 11,25% para 12,25% ao ano. Foi a terceira alta consecutiva no ciclo de ajuste iniciado em setembro. O colegiado já indicou a possibilidade de novos aumentos de 1 ponto percentual nas duas próximas reuniões, o que poderia levar a Selic a superar o pico de 13,75% ao ano registrado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Diante de um cenário mais solicitado para a convergência da inflação, o Comitê prevê, caso o cenário esperado se confirme, ajustes da mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, afirmou o comunicado oficial. O Copom destacou que está monitorando de perto “como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”, diz o comunicado do Copom.

“A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa”, informa a nota.

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Desde a última reunião, quando a taxa Selic foi elevada de 10,75% para 11,25% ao ano, todas as variáveis ​​monitoradas pelo Banco Central (BC) para definir os juros correspondentes as variáveis usadas pelo BC para conduzir os juros pioraram. O aumento do dólar para a casa dos R$ 6, impulsionado pela frustração do mercado com o pacote de cortes de gastos do governo Lula, é o principal indicativo dessa piora.

A desancoragem das expectativas inflacionárias se intensificou, com a projeção do mercado para a inflação no segundo trimestre de 2026 — horizonte considerado na política monetária — subindo de 3,86% para 4,16%, acima da meta de 3,60% estipulada pelo BC. Essa resposta já reflete uma expectativa de juros mais elevados, conforme apontado no relatório Focus, com a projeção da Selic no final do ciclo de alta passando de 12,5% para 13,75% nos últimos 45 dias.

A reunião marcou também a demissão de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central. Indicado por Jair Bolsonaro, Campos Neto fez críticas de membros do atual governo em relação ao patamar elevado da Selic. Em janeiro de 2025, Gabriel Galípolo, escolhido pelo presidente Lula, assumirá o comando do BC, com mandato previsto até o final de 2028.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Carol Santos

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