Congresso não terá dificuldade de aprovar revisão de gastos robusta

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Presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
Presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Formado majoritariamente por partidos de centro, o Congresso Nacional não terá dificuldades de aprovar um pacote robusto de revisão de gastos, segundo líderes com quem conversei ao longo dos últimos dias. A leitura é que quanto mais robusto o pacote, mais fácil será de aprovar, desde que o PT e o governo contenham as dissidências e defendam as medidas no parlamento.

Não é, portanto, apenas o mercado que pressiona o governo a fazer um ajuste mais estrutural dos gastos do governo. Os partidos de centro do Congresso também. A dificuldade de ampliar o ajuste está dentro do governo Lula (PT), que tem uma ala mais "fiscalista" e uma ala que teme que cortes maiores possam prejudicar a proteção social e os trabalhadores, as principais bandeiras do PT e do presidente Lula.

Ainda não há martelo batido dentro do governo sobre qual será o tamanho do pacote de revisão de gastos. Nesta quarta-feira (6), em entrevista, o presidente Lula mandou recados para o mercado, sinalizando que o tempo de decisão é dele, e ao Congresso, dizendo que o Parlamento também tem que participar do ajuste pela redução do volume de emendas.

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