O impacto das trepidações e do calor
Outro problema apontado por ele é o impacto de trepidações, comuns em carregadores instalados em carros, especialmente em estradas ruins ou ruas esburacadas. "Cada vez que o celular se desloca na base de indução e o carregamento é interrompido, há uma reinicialização do ciclo. Isso também contribui para a degradação da bateria", afirma.
Além disso, o engenheiro eletrônico Rafael Soares, especialista em tecnologia de baterias, destaca o papel do calor nesse processo. "O carregamento por indução gera mais calor do que o carregamento por cabo, e o calor constante acelera o desgaste químico da bateria. Isso é particularmente problemático em regiões quentes ou quando o celular está em locais com pouca ventilação", explica.
O desgaste causado pelo uso inadequado de carregadores por indução pode levar a perdas significativas na capacidade de carga do celular. "Uma redução de 25% na capacidade significa que um celular que antes durava 10 horas pode passar a durar apenas 7,5 horas", diz Soares. Esse desgaste é acumulativo e pode tornar o aparelho menos funcional com o passar do tempo.
Dicas para preservar a bateria
Especialistas sugerem algumas práticas para minimizar os impactos do carregamento por indução:
- Prefira cabos para o uso diário: reserve os carregadores por indução para momentos específicos, como no trabalho ou ao dormir, quando o celular permanece estático.
- Evite interrupções constantes: procure deixar o celular conectado durante todo o ciclo de carga, sem interrupções.
- Controle o calor: certifique-se de que o celular está em um ambiente bem ventilado durante o carregamento.
- Carregue de forma consciente: tente manter o nível de carga entre 20% e 80%, o que ajuda a preservar a química da bateria.
Reportagem
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