Com recorde histórico, como bitcoin foi de 'fraude' a foco de Trump para 2025

há 4 semanas 2

O estímulo esperado surgiu na quarta-feira, quando Trump anunciou a nomeação de Atkins para presidir a Comissão de Valores Mobiliários (SEC). Atkins, que foi comissário da SEC entre 2002 e 2008, fundou a consultoria de risco Patomak Global Partners, que atende empresas dos setores bancário, comercial e de criptomoedas.

Mudança de postura

Donald Trump, que em 2021 chamou o bitcoin de "fraude" e o criticou como uma ameaça ao dólar, mudou de posição nos últimos anos, tornando-se um grande defensor das criptomoedas.

Durante sua campanha eleitoral, ele lançou a plataforma de moeda digital World Liberty Financial e celebrou a histórica alta do bitcoin, que ultrapassou os US$ 100.000 após sua vitória nas eleições, atribuindo o feito ao impacto de suas políticas.

Trump também estreitou laços com Elon Musk, entusiasta das criptomoedas, que liderará um grupo no novo governo para aumentar a eficiência federal. Musk, que apoiou financeiramente a campanha de Trump e promoveu sua candidatura na plataforma X, reagiu à alta do bitcoin com entusiasmo, escrevendo: "Uau".

World Liberty Financial

A World Liberty Financial (WLFI) é uma plataforma de criptomoedas criada com o apoio da família Trump que recebeu recentemente um investimento de US$ 30 milhões de Justin Sun, empresário chinês e figura controversa no setor.

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Esse aporte pode render até US$ 22,5 milhões à família Trump por meio de sua entidade DT Marks DEFI, que tem direito a 75% das receitas líquidas dos tokens.

A plataforma foi desenvolvida parcialmente por Steven Witkoff, amigo próximo de Trump, e promovida como um portal para negociação de criptomoedas e serviços de empréstimos e financiamentos.

Apesar do potencial financeiro, Sun já enfrentou problemas legais com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), que o acusou de manipular o mercado de sua própria criptomoeda. Ainda assim, sua empresa, Tron, declarou que o investimento reflete seu compromisso com a inovação em blockchain.

Possível conflito de interesses

Em outubro, a World Liberty Financial começou a vender sua criptomoeda, levantando apenas uma fração dos US$ 300 milhões previstos.

Agora, com Trump assumindo a presidência, há expectativas de que novas regulamentações tornem o mercado mais acessível ao público geral.

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A parceria entre a família Trump e o setor de criptomoedas levanta preocupações sobre possíveis conflitos de interesse, segundo declarou ao jornal The New York Times, Timothy Massad, ex-presidente da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC).

Os especialistas destacam também que as conexões com figuras polêmicas e o potencial uso da influência política para beneficiar a WLFI poderiam criar um cenário delicado. Apesar disso, Trump e seus aliados continuam promovendo a plataforma como parte de sua visão de tornar os EUA a capital mundial das criptomoedas.

Medidas que poderiam incentivar o uso dos bitcoins

Trump pretende criar uma reserva estratégica de bitcoins nos EUA, usando principalmente tokens confiscados pela Justiça. Essa iniciativa pode incentivar outros países a legitimarem a criptomoeda.

Apesar das críticas por facilitar atividades ilegais e lavagem de dinheiro, o bitcoin é também elogiado como uma inovação descentralizada para transações financeiras.

Outro alvo de críticas é o impacto ambiental do bitcoin e de outras criptomoedas. O uso desse tipo de moeda está ligado ao processo de mineração, que é essencial para validar transações e criar novos tokens. Esse sistema utiliza computadores poderosos que resolvem cálculos matemáticos extremamente complexos, exigindo uma quantidade significativa de energia elétrica.

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Eric Trump fará palestra em Abu Dhabi

Eric Trump irá palestrar em uma grande conferência de criptomoedas em Abu Dhabi na próxima semana, onde se juntará a outros palestrantes para celebrar "a era dourada do Bitcoin".

Seu discurso principal representará uma excelente oportunidade para mostrar que as Organizações Trump, agora dirigidos por ele, estão totalmente abertas a negociar. Mais do que qualquer outra ação recente, a participação de Eric no evento deixa clara a complexidade do ambiente ético em que a família Trump está transitando desta vez, com negócios e política muito mais entrelaçados.

Justin Sun, o investidor da World Liberty Finance, também está na lista de palestrantes da conferência.

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