Servidores montados em Taiwan, por exemplo, podem ficar 27% mais caros no mercado norte-americano.
Ainda há uma série de dúvidas sobre como vão funcionar as tarifas e as exceções de alguns produtos, ressaltam os analistas do UBS WM.
E em meio a esses questionamentos, e temores de recessão mundial, os mercados mundiais despencam pelo terceiro dia seguido. Só nos últimos 30 dias, o Nasdaq acumula queda de 15%. Em 2025, já perdeu 20%.
"Há também alguma confusão em torno da isenção de semicondutores e da não isenção de hardware", comentam os analistas do grupo suíço sobre as tarifas. Semicondutores e chips estão entre os principais custos de aparelhos eletrônicos. Com tarifas nesses produtos, o UBS WM avalia que os ganhos das empresas de tecnologia terão quedas importantes.
E outra fonte de incerteza, ressalta o banco, é sobre como o compartilhamento do aumento de custos pelas tarifas será feito com os fornecedores; até que ponto os custos podem ser repassados para os clientes finais e a duração das tarifas de Trump. Ou seja, neste momento, há mais perguntas que respostas.
A depender também do prazo da duração das tarifas, pode ocorrer um cenário de revisão para baixo dos lucros por ações (EPS, na sigla em inglês) das empresas de tecnologia, alerta o UBS. Em um ambiente que elas seriam mantidas por longo prazo, sem exceções importantes, os ganhos poderiam cair entre 20% a 25%. Se for um movimento mais de curto prazo, o impacto negativo seria de 3% a 5%.