Ciro Nogueira critica Lula pela alta dos alimentos: “Fome Zero virou Come Zero”

O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), responsabilizou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela redução no consumo de alimentos pelos brasileiros, conforme apontado em uma nova pesquisa do instituto Datafolha.

Em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (14), o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, destacou dados que revelam que 58% da população afirma ter reduzido a quantidade de produtos comprados devido à inflação.

“Enquanto o governo gasta mais, a população come menos. O Fome Zero do PT virou Come Zero”, escreveu Ciro Nogueira, em referência ao programa criado por Lula durante seu primeiro mandato.

A pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 1º e 3 de abril com 3.054 entrevistados em 172 municípios, revelou que 8 em cada 10 brasileiros adotaram algum ajuste na rotina para enfrentar a alta dos preços. Entre as mudanças, 61% afirmaram ter deixado de comer fora de casa, enquanto 50% optaram por trocar marcas de produtos, como café, por opções mais baratas.

O levantamento também aponta que 54% dos entrevistados acreditam que o governo Lula tem “muita responsabilidade” pela alta nos preços dos alimentos, enquanto 29% atribuem “alguma responsabilidade”. Apenas 14% afirmaram não considerar o Planalto responsável pela escalada dos preços.

O Datafolha também investigou os fatores apontados como principais responsáveis pela inflação. A gestão federal lidera as respostas, mas outros motivos, como a crise climática, guerras no exterior, a crise nos Estados Unidos e o papel dos produtores rurais, também foram mencionados. Entre os brasileiros com renda de até dois salários mínimos, 55% culpam o governo, enquanto 54% responsabilizam os produtores rurais.

A alta nos preços dos alimentos tem sido destacada por analistas como um dos fatores que impactam negativamente a popularidade do governo. De acordo com o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses até março foi de 5,48%, com aumentos expressivos nos preços de itens como tomate (22,55%), ovo de galinha (13,13%) e café moído (8,14%).