Cid Moreira ficou 29 dias internado e fez 97 anos no hospital em Petrópolis

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O apresentador Cid Moreira, morto na manhã desta quinta-feira, passou 29 dias internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Ele tinha completado 97 anos no último domingo, 29 de setembro.

Ele sofreu uma falência de múltiplos órgãos e tratava uma pneumonia, acompanhado de infecção, segundo Nélio Gomes Junior, o médio que acompanhou o jornalista nessa internação.

Gomes falou ao vivo no programa Encontro com Patrícia Poeta, ao vivo, na Globo, ao lado da viúva de Cid, Fatima Sampaio, para comentar o tratamento de Cid que, segundo ele, se manteve lúcido durante todo o período, com "a cabeça ótima".

Segundo o médico, o apresentador foi internado em 4 de setembro, após apresentar uma peritonite —uma inflamação da membrana que reveste a cavidade abdominal e os órgãos internos.

"Tive o prazer de conversar com ele nesses 29 dias", afirmou Gomes. "A sensação é que desde que eu vejo televisão eu vejo o Cid Moreira, é um ícone. Pude conviver com ele nesses 29 adias, passar momentos de esperança."

"O Cid, como todos sabem, fez 97 anos no domingo, uma idade bastante avançada", afirmou ainda o médico. "Ele já vinha fazendo diálise em casa, tinha insuficiência renal crônica. Fazia tratamento em casa para ter mais conforto, poder ficar no lar. Fazia diálise há mais de três anos."

O longo tratamento, porém, causou a peritonite que levou à internação. "Cid já tinha um certo grau de atrofia muscular, complicações para se movimentar. Teve um trombose venosa nos membros inferiores, e precisou ficar acamado mais tempo."

"Um paciente de 97 anos que fica mais acamado, com as complicações que tinha, se torna mais grave. Por isso, ele veio para a unidade coronariana. Foi um tratamento multidisciplinar, com ajuda do pessoal da infectologia, para escolher os antibióticos; nefrologia, para manter a diálise; nutrição. Essa infecções de repetição acabam gerando um desgaste no organismo. O tubo digestivo já não absorvia bem. Ele teve todo o atendimento que poderia ter diante das complicações. Mas, infelizmente, um paciente de 97 anos com múltiplas comorbidades acabou evoluindo para múltipla falência dos órgãos", concluiu Gomes.

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