Ciclo de Cinema e Psicanálise debate adaptação mais recente de 'A Cor Púrpura'

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Em parceria com a SBPSP, a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, e a Cinemateca Brasileira, a Folha promove, na quarta-feira (4), um novo ciclo de cinema com a presença de psicanalistas e especialistas para discutir o racismo.

O filme exibido será "A Cor Púrpura" (2023), baseado no romance homônimo de Alice Walker, de 1982, e vencedor do Prêmio Pulitzer.

Adaptado em 1986 por Steven Spielberg, com roteiro de Menno Meyjes e estrelado por nomes como Danny Glover, Whoopi Goldberg e Rae Dawn Chong, o longa ganhou uma nova versão dirigida por Blitz the Ambassador e roteirizada por Marcus Gardley.

O drama conta a história de Celie (Phylicia Pearl Mpasi), uma mulher afro-americana que vive no sul dos Estados Unidos no início do século 20. Marcada pelos traumas causados pelos abusos do pai e do marido, ela se fortalece ao lado de uma comunidade de mulheres que formam uma irmandade.

O elenco traz Halle Bailey, H.E.R., Taraji P. Henson, Danielle Brooks, Colman Domingo, Corey Hawkins, Aunjanue Ellis-Taylor e Fantasia Barrino.

A quinta sessão do ciclo acontecerá às 19h30, na sala Grande Otelo da Cinemateca, na zona sul de São Paulo. A programação é gratuita, e os ingressos serão distribuídos uma hora antes da sessão.

A mesa de debates será composta pelo jornalista Isac Godinho, redator na homepage da Folha e mestre em estudos linguísticos pela Universidade Federal de Viçosa, e Cidiane Vaz Melo, doutora em psicologia clínica, integrante do coletivo Sankofa e professora-adjunta da Universidade Federal Fluminense.

A mediação será feita por Regina Maria Almeida Ramos, médica pela Universidade Federal da Bahia e membro associada da SBPS e da Comissão Virgínia Bicudo. O debate será transmitido ao vivo pelo YouTube.

Eles vão discutir sobre o machismo e o racismo na vida de mulheres negras e como a amizade pode se destacar como estratégia de enfrentamento às violências.

A iniciativa está ligada ao projeto Virgínia Bicudo, da SBPSP, que se dedica a pensar ações afirmativas junto a pessoas negras, indígenas e refugiados, visando a formação de psicanalistas. A socióloga e psicanalista Virgínia Leone Bicudo (1910-2003) foi pioneira nos estudos sobre racismo no Brasil.

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