China diz que tarifas dos EUA se tornarão “piada” e ameaça ignorar novas medidas

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A nova retaliação tarifária da China anunciada nesta sexta-feira (11) veio acompanhada de um tom mais duro das autoridades de Pequim. Ao comunicar o aumento das tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para 125%, o Ministério das Finanças chinês afirmou que “mesmo que os EUA continuem a impor tarifas mais altas, isso deixará de fazer sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”.

A declaração, divulgada em comunicado oficial, destaca o grau de tensão na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo. Segundo o governo chinês, os atuais níveis tarifários tornaram inviável a presença de produtos americanos no mercado local. “Com as tarifas no nível atual, não há mais mercado para bens dos EUA importados pela China”, disse a pasta.

O comunicado também afirma que, caso Washington continue a aumentar as tarifas, Pequim “vai ignorar”, sinalizando que não há mais espaço para escalada sob os mesmos termos. Ainda assim, o Ministério do Comércio reiterou que está aberto a negociações, desde que ocorram “com base em respeito mútuo e igualdade de condições”.

As falas ocorrem após o governo Trump elevar as tarifas sobre produtos chineses para uma taxa mínima efetiva de 145%, somando tributos gerais e específicos. A resposta de Pequim — a terceira em duas semanas — amplia a tensão e reduz ainda mais a perspectiva de um acordo no curto prazo.

Nesta sexta, o presidente chinês Xi Jinping falou publicamente sobre o tema pela primeira vez desde o início da escalada: “Não há vencedores em uma guerra tarifária”, afirmou durante encontro com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez. “Quem vai contra o mundo corre o risco de ficar isolado”.

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