A CCXP 2024 começa nesta quinta-feira celebrando os dez anos de um evento que já se consagrou na agenda brasileira ao reproduzir a Comic Con de San Diego, feira de cultura pop que acontece nos Estados Unidos desde os anos 1970.
Após edições no México e em Colônia, na Alemanha, a festa brasileira da vez segue com a tradição de painéis, estandes temáticos e áreas de encontro entre artistas e fãs, mas com um line-up menos forte em relação ao que a São Paulo Expo já recebeu, diluído entre projetos menores, a falta de ineditismo, saudosismo e rostos que já vieram ao país.
Destaques da vez são nomes como Giancarlo Esposito, célebre por "Breaking Bad", Matt Smith, de "Doctor Who" e "A Casa do Dragão", além da atriz Ana de Armas, que estrelará um spin-off de "John Wick".
Mas, falando em repetecos, já no primeiro dia, a programação do palco Thunder, principal do evento, abre com Vincent Martella, o Greg de "Todo Mundo Odeia o Chris", que retorna ao Brasil após uma visita em julho.
Ele é seguido por Misha Collins, o anjo Castiel na série "Supernatural", e os dubladores da série "Arcane", sucesso da Netflix. Apesar da quinta ser um dia menos concorrido, no ano passado, a mesa de encerramento teve o prestígio do diretor George Miller e da dupla de atores Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth, de "Furiosa".
Na sexta, chega a vez de Esposito falar da sua versatilidade, na mesma ocasião em que produções nacionais da Gullane e da Maurício de Sousa Produções comentam o audiovisual brasileiro. O dia se encerra com uma homenagem ao ator Wagner Moura, no dia que talvez melhor se equipare ao de anos anteriores.
Com ingressos esgotados, o sábado, uma espécie de "virada" na programação, começará com um painel de "O Auto da Compadecida 2", que estreia no final do mês. A dupla Selton Mello e Matheus Nachtergaele divide o palco com o diretor Guel Arraes e outros membros da equipe.
Em seguida, a Globoplay, o Paramount+ e o Prime Video se alternam para falar de seus catálogos e futuras temporadas, divididas entre atrações de público consolidado —caso da terceira temporada da aclamada "Yellowjackets", da Paramount— e outras de menor sucesso —como a cara "A Roda do Tempo", do Prime Video, que em sua primeira temporada gastou cerca de US$ 10 milhões por episódio.
A Max também marca presença com um painel sobre os dez anos da animação brasileira "Irmão do Jorel", e a Apple TV+ traz a dupla do filme "Entre Montanhas", com Miles Teller e o repeteco de Taylor-Joy, e a equipe da aguardada segunda temporada de "Ruptura", que chega em janeiro. A Paramount também aproveita a estreia de "Sonic 3", no próximo dia 25, e promove uma conversa com o diretor Jeff Fowler e os atores principais.
No sábado de 2023, os grandes estúdios investiram na apresentação de apostas fortes como "Fallout", "Percy Jackson" e "Casa do Dragão", além de alimentar a curiosidade do público com lançamentos, à época, ainda um tanto longínquos.
Agora, a programação supre a falta de um grande chamariz com um apanhado de produções, muitas delas que, inclusive, não demoram a chegar para o grande público. O domingo (8) ainda reforça essa tendência com a pré-estreia de "Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa", que chega em janeiro aos cinemas.
No último dia, um painel sobre "Duna: A Profecia", série em exibição na HBO que não atraiu muita atenção do público e da crítica, e uma apresentação sobre o filme "Bailarina", com Ana de Armas, Norman Reedus e Ian McShane, encerram a festa.
Há ainda, porém, a chance do evento surpreender com atrações mantidas em segredo, só reveladas em cima da hora. A ver se será à altura de glórias passadas como Will Smith, Keanu Reeves e Margot Robbie.