Ministério Público recomendou portões abertos, mas confederação destacou que medida é necessária para garantir a segurança e a integridade dos torcedores; em nota, clube mineiro criticou decisão
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que o confronto entre Cruzeiro e Palmeiras, agendado para esta quarta-feira (4), ocorrerá sem a presença de torcedores. A decisão foi tomada após a Polícia Militar de Minas Gerais informar que não havia tempo suficiente para implementar um esquema de segurança eficaz, especialmente em um contexto marcado por recentes confrontos entre torcidas que resultaram em tragédias. A CBF destacou que, diante da falta de reconsideração por parte da PM-MG e do Ministério Público de Minas Gerais, a proibição da presença de torcedores de ambos os times foi uma medida necessária para garantir a segurança e a integridade do evento esportivo.
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Embora inicialmente houvesse a possibilidade de permitir a entrada de torcedores, a pressão de clubes e autoridades levou à decisão final de manter os portões fechados. O Cruzeiro havia solicitado que apenas seus torcedores pudessem comparecer ao jogo, visando reduzir os riscos de violência. Em resposta, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, declarou que o governo buscaria apoio judicial para reverter a situação. O Ministério Público de Minas Gerais sugeriu na última sexta-feira (27) que a partida fosse realizada com torcida única.
Veja a nota oficial do Cruzeiro:
“O Cruzeiro vem a público manifestar sua profunda insatisfação e indignação com o desenvolver dos acontecimentos que culminaram com a decisão que a partida desta noite aconteça com os portões fechados.
Desde o dia 18 de novembro, o clube tem atuado ativamente com interlocuções com todos os meios responsáveis, como Governo do Estado de Minas Gerais, Ministério Público, Polícia Militar de Minas Gerais, Confederação Brasileira de Futebol, Federação Mineira de Futebol e Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
A partir do primeiro momento, o Cruzeiro deixou claro sua preocupação com o quesito segurança para a partida em questão, devido aos recentes acontecimentos registrados de violência. Dessa forma, pediu garantias aos órgãos de segurança para que a partida acontecesse com as duas torcidas e, caso não fosse possível, que ao menos a torcida cruzeirense tivesse acesso ao estádio, uma vez que não podia ser penalizado por atos que não foram de sua responsabilidade.
Ente os dias 26 e 29 de novembro, o Cruzeiro se reuniu com Marcel Dornas Beghini, Secretário Geral do Estado de Minas Gerais, e com o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Carlos Frederico Otoni, solicitando as garantias de segurança para a partida com as duas torcidas.
Com a ausência destes, a Confederação Brasileira de Futebol determinou que a partida fosse disputada sem a presença da torcida e, na noite dessa terça-feira, (03) enviou ofício à Polícia Militar de Minas Gerais pedindo reconsideração sobre as garantias de segurança, para que pudesse viabilizar a realização da partida com a presença dos torcedores. A CBF aguardou retorno até às 00h e, então, determinou que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras não poderia receber público.
O Posicionamento público da Polícia Militar de Minas Gerais, avaliada pelo Cruzeiro como a melhor do Brasil, reconsiderando as garantias de segurança para a partida aconteceu somente na manhã desta quarta-feira. Este fato, somado à determinação da CBF desta madrugada, mantendo os portões fechados, inviabilizaram toda a complexa operação para a partida como questões de segurança, serviços e comercialização de ingressos.
Sendo assim, esgotadas todas as possibilidades para que o clube cumpra o que tem como princípio; a presença das duas torcidas, o Cruzeiro cumprirá a determinação da CBF. Ressaltamos novamente que o clube trabalhou incansavelmente para defender os interesses de sua torcida e, até o último momento, trabalhou para que a Nação Azul pudesse estar presente e apoiar a equipe no Mineirão.”
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira