Carro no lixo? Prática é comum nos EUA e você ainda pode ter que pagar

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O SUV está com problemas de superaquecimento. "Em rotas mais longas, o motor ferve", explica Farmer sobre o modelo que tem mais de 220 mil km rodados.

Qual foi a solução do casal? Simplesmente comprar outro veículo. "O valor que iríamos gastar para consertar, a gente preferiu dar de entrada em outro carro", conta Eliane, que diz que seu marido comprou uma picape da marca GMC.

Farmer, que mora no estado norte-americano de Massachusetts, diz que seu cônjuge até tentou dar um jeito no Jeep 'vendo tutoriais e soluções na internet', mas não funcionou. Levar o automóvel na oficina seria o próximo passo, certo? Errado.

A profissional da ciência jurídica diz que 'um mecânico foi consultado por telefone' e que o conserto do problema ficaria em torno de US$ 3.000 a US$ 3.500 — algo entre R$ 17.000 e R$ 20 mil na conversão atual. Quase o mesmo valor em que o modelo estaria avaliado atualmente no mercado de usados norte-americano.

Bruno Venditti, brasileiro que trabalha na área de finanças da Volkswagen nos Estados Unidos, conta que essa situação é a junção de alguns fatores.

"A moeda é forte, o acesso a veículos é fácil e barato, e a mão-de-obra é muito cara", explica Venditti, que mora há três anos no país. "Um mecânico vai cobrar US$ 150, US$ 180 só para sair da oficina e olhar o carro", completa. Para se ter uma noção, o modelo mais barato zero km nos EUA é o Nissan Versa, que começa na casa dos US$ 20 mil.

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