A cantora, compositora e educadora musical paranaense Carla Casarim, leonina que no próximo domingo (4) completará 38 anos, apresenta nesta sexta-feira (2), às 20h, no Sesc Avenida Paulista, o show de seu EP "Amor Amor".
Mezzo-soprano formada em música pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Casarim canta desde seus 8 anos -profissionalmente desde os 15- e amealha 23 anos de carreira, na qual já cantou com Elba Ramalho, Fagner, Zeca Baleiro, Joyce Moreno, Eduardo Gudin e Carlinhos Brown, entre outros.
Casarim participou da terceira edição do programa The Voice Brasil (2014) e também já se apresentou em diversos lugares do Brasil e no exterior. Entre os países que já tiveram a sorte de ouvir sua bela voz figuram França, Noruega, Bélgica, Alemanha, Suíça, Portugal, Itália e Estados Unidos.
Em 2020 lançou "Terra Mãe", seu primeiro álbum. Atualmente a cantora tem divulgado o show de seu EP "Amor Amor". Nesta sexta-feira, no espetáculo do Sesc Avenida Paulista, a artista contará com músicos que participaram da gravação do EP. Entre eles estão Guilherme Kafé (violão e guitarra), Caetano Ribeiro (guitarra), Kiko Woiski (contrabaixo), Guegué Medeiros (percussão) e Ivan Castro (bateria). Haverá ainda no show a participação especial de Daniel Espíndola Black, cantor e compositor que adotou o nome artístico de Dani Black.
Como educadora musical, Casarim não esconde o leite e dá várias aulas de canto, além de se dedicar e "amar" o projeto "As Aventuras do Peixinho Nuni", composto por canções de MPB para crianças.
No final do texto assista ao vídeo no qual a artista interpreta "Copo Vazio", um xote de sua autoria com Danilo Moraes.
Leia, a seguir, a entrevista exclusiva que Carla Casarim concedeu ao Música em Letras.
Quem é Carla Casarim?
Eu sou uma pessoa apaixonada pela vida, pela natureza, por música, pelos encontros e trocas afetivas de corpo e alma. Sou uma pessoa sensível, que se emociona fácil, e de coração aberto.
Qual a maior lição aprendida no curso de música da Universidade Estadual de Londrina (UEL)?
Que a música é um portal de possibilidades. A UEL sempre trouxe as múltiplas carreiras que eu poderia trilhar no caminho da música, desde educadora musical, musicista, regente, coralista, arranjadora, professora acadêmica, professora de canto, professora de teoria musical, engenheira de som, produtora musical, professora de história da música. É um curso de licenciatura que mostra as mais diversas vertentes da profissão. E hoje percebo o quão necessário foi ter esse leque amplo de tudo que eu poderia ser, por mais que lá atrás eu só quisesse cantar mesmo. Não tinha esse olhar macro quando iniciei. Hoje percebo o quanto eu uso tudo isso em quem eu sou como artista. Além da parte pedagógica, que me fez ter uma olhar mais sensível para o ensino e também para o aprendizado. Pois a gente está aprendendo o tempo todo.
Você já dividiu palcos com grandes nomes da MPB. Quais desses artistas a impressionou e por quê?
Acho que quem me deixou mais impressionada foi o Carlinhos Brown. A gente, que mora aqui em São Paulo, não sabe a potência e a importância que esse homem representa na Bahia. Só quando fui lá é que vi com os meus próprios olhos os projetos sociais que ele idealizou, o quanto de gente ele ajuda, quantas vidas que ele mudou por conta dos projetos que realiza. Além de ser um querido, megageneroso, e uma pessoa que potencializa a cultura afro no Brasil e no mundo. Hoje chega pra gente a persona dele, mas nem imaginamos a grandiosidade da pessoa atrás desse artista.
Em 2014 você participou do "The Voice Brasil", edição na qual a dupla Danilo Reis e Rafael foi a vencedora. O que você achou do resultado?
Confesso que não esperava a vitória deles. Eles são muito talentosos, mas tinha muita gente boa que eu achava que iria para a final e não foi. Acredito que as emissoras são mais tendenciosas, a irem pelo gosto do que é mais "vendável", ou de quem tem mais curtidas e engaja mais, como o sertanejo ou o pop, e os outros gêneros brasileiros ficam em segundo plano.
Qual foi sua classificação no programa?
Eu fiquei nas quartas de final. Por pouco na semifinal. Inclusive o dia da minha eliminação foi meio tumultuado, pois quem assistiu viu que minha apresentação foi muito forte e visceral. Muita gente achou que eu continuaria no programa, mas Daniel [cantor e jurado do programa] não me escolheu. Ele poderia escolher dois artistas, e escolheu a dupla e outro cantor. Cheguei até ser trending topics do Twitter nessa noite.
O que você aprendeu participando do programa?
Aprendi que o mais legal de tudo é a troca, conhecer tanta gente querida, e a importância de preservarmos aquilo que a gente acredita. É o que fica. Porque ali tudo é passageiro e tem muita gente que perde a personalidade e acaba cantando o que é mais "comercial", o que "agrada mais" e esquece da essência, sabe? E depois desses 15 minutos de fama o que fica é o que foi feito lá. E se você é fiel ao que acredita, isso é semeado e potencializado aqui fora.
Participaria novamente?
Não sei. Talvez se fosse em um formato diferente, para viver uma nova experiência. Acho que toda experiência é válida. Mas não sei se gostaria de uma superexposição novamente. Dá muito frio na barriga.
Competições confrontando músicas com gêneros diferentes são válidas? Por quê?
Não sei. Pois cada estilo tem nuances diferentes de técnica, de interpretação, de extensão. A não ser que os jurados entendam muito a peculiaridade de cada gênero, aí sim seria válido. Hoje há uma forte tendência de virarem as cadeiras para as vozes que fazem super agudos cheios de melismas. Será que se João Gilberto participasse do "The Voice" alguém teria virado a cadeira? Talvez se fosse na época dos grandes festivais da canção, quando a MPB era popular e passava nas televisões de todas as casas, sim. Acho que hoje o consumo massivo de apenas dois gêneros brasileiros vem modificando o gosto musical da população.
Você abarca experiências cantando MPB em diversos países como França, Noruega, Bélgica, Alemanha, Suíça, Portugal, Itália e Estados Unidos. Em qual deles sua arte foi melhor recepcionada?
A música brasileira é muito valorizada lá fora. Tive oportunidade de ir com meu trabalho solo de MPB e também com a banda Bicho de Pé, banda de forró em que sou vocalista. Os gringos adoram a nossa música. É bonito de ver. Aprendem a língua, a dançar. Eu fiquei impressionada em Colônia, na Alemanha. Tem um movimento forte do forró por lá. Eles sabem falar português fluente, adoram os ritmos regionais, sabem dançar muito bem! Dão baile em muita gente daqui. Muitos são até mais interessados em nossa cultura do que os próprios brasileiros.
Como você define seu primeiro álbum "Terra Mãe" (2020)?
Esse álbum fala do Brasil de diversas formas. Da cultura rica e plural do nosso país, da miscigenação, da flora, da fauna, do cuidado que devemos ter com a natureza, e fala também da minha origem, do meu Paraná, da minha vozinha, das raízes. É um disco que tem uma pegada mais jazz, brasileira, com diversos gêneros como samba, baião, bossa nova, arranjos mais elaborados, até pela formação base de power trio que escolhi, mas também muito rítmico, com percussão e violão, que é bem tradicional no nosso país. É um disco pelo qual tenho muito amor. Meu primeiro [álbum], como compositora também. Tive a alegria de ser contemplada em um edital da minha terra, PROMIC [Programa Municipal de Incentivo à Cultura, de Londrina, Paraná] e realizar esse disco foi um sonho! De um primeiro movimento de algo que é genuinamente meu.
Como você define o EP "Amor Amor"?
"Amor, Amor" é mais misturado. Ele tem um quê de tradição, mas também tem uma pegada mais moderna. Queria experimentar outros lugares. Sair um pouco do conforto da MPB mais classuda que sempre pisei. Para trazer uma Carla diferente, aberta a novas possibilidades sonoras. Lá tem xote mais moderno, tem ijexá que tem um quê dos anos 70, mas, ao mesmo tempo, com uma letra mais direta e atual, tem uma bossa nova que vira um pagodão com batida eletrônica, tem Noel Rosa com uma versão mais latina e uma interpretação mais debochada. Enfim, muitas referências. Quem me ajudou muito a conduzir esse processo foi meu amigo Guilherme Kafé. Ele assina a direção musical comigo. Além dos temas de amor, que queria trazer as diversas vertentes: o amor declarado, a desilusão amorosa, as confusões mentais que o amor nos traz. "Amor, Amor" fala também sobre amores não idealizados, sobre auto amor.
Faça um faixa a faixa de "Amor Amor", destacando as características musicais de cada composição.
"Amo Mesmo", de Guilherme Kafé, é um ijexá dançante inspirado em Djavan e Gal Costa, tem uma pegada anos 70, mas uma letra mais direta e atual.
"Copo Vazio" é minha e de Danilo Moraes, um xote um pouco mais tradicional em execução, mas com uma letra mais moderna também. Inicia com um lamento lindo em rabeca (gravado pela maravilhosa Wanessa Dourado [violinista, rabequeira e compositora], que teve sua precoce partida neste ano) e depois embalado pelo xote com sanfona, zabumba, triângulo e outros elementos não tradicionais como baixo, guitarra, bateria e os violinos.
"Labirinto" é uma composição minha, uma bossa nova eletrônica pop moderna que vira um pagodão no final. As características dessa música são os trombones e também as vozes, que fazem jus ao tema, que fala sobre várias vozes que sempre atormentam a gente levando-nos pro labirinto. Essa tem um quê de psicologia, de autoajuda e de auto amor.
"Xote Litoral" é minha com Guilherme Kafé. Esse é um um xote romântico de um amor que subiu a serra e que tem uma pegada mais pop, mas ao mesmo tempo a melodia vai por caminhos que lembram Dominguinhos e as letras mais modernas e diretas.
E, por último, a única releitura desse trabalho, a canção de Noel Rosa "Último Desejo", que traz uma performance e arranjos totalmente irreverentes. Começa com um bolero e vira um chá-chá-chá dançante. Uma pegada bem latina com arranjos de sopros e uma interpretação debochada, sobre o amor que findou, mas eu tô ótima! Rsrs...
Qual o critério que você tem para escolher um músico de sua banda?
Afinidade, profissionalismo e talento. Todos que estão comigo no palco são músicos com quem tenho um vínculo afetivo de amizade, de parceria e são pessoas que admiro muito musicalmente. São músicos muito talentosos e que tenho uma troca natural e gostosa tanto no palco quanto na vida. A gente se entende no palco de uma forma muito orgânica. Hoje priorizo esses pontos. Tem de ser leve e em parceria.
Como será a participação de Dani Black no espetáculo e por que você o convidou?
Estou bem ansiosa pra cantar com ele, pois é um artista que admiro muito. Ele construiu um jeito muito bonito de tocar e cantar. Pensei em chamá-lo, pois queria trazer artistas da nova geração que admiro comigo, até porque estou nesse momento querendo experimentar outras sonoridades e acho que o Dani faz muito bem isso, e tem muito a ver com esse meu novo momento. Sinto que sou essa artista que gosta de integrar tudo, sabe? A MPB mais clássica, que um dia chama o Renato Braz, e faz o repertório de Edu Lobo, de Cristóvão Bastos, no outro, a nova MPB, com o Dani Black, ou Jota.Pê, recitando os mestres Lenine, Chico César, além das autorais de cada um. A música brasileira é muito rica e eu sinto que não quero ser um artista em uma caixinha só. E faço essa junção por gostar desses artistas que conseguem transformar a música em algo que toca o coração e que fazem com verdade sabe?
Além das canções do EP "Amor Amor", quais serão as outras que estão no repertório do show de sexta-feira? Cite três delas e alguma característica musical ou o porquê de você tê-las escolhido.
O show traz o tema amor e todas as suas vertentes. Traz canções autorais e também de artistas que eu sempre gostei de ouvir.
"Achou", de Dante Ozetti e Luiz Tatit. Sempre adorei a Ceumar e lembro de gostar dessa música de muitos anos atrás. Quando estava montando o repertório me veio essa na hora. Porque ela fala de vários pontos positivos e os desafios que o amor propõe, sobre a sua beleza e profundidade, porque nem sempre são rosas e sim um amor real para quem estiver disposto. Tudo a ver com o tema do álbum e do show.
"Pássaro Solto", de Vicente Barreto e Paulo César Pinheiro. Para mim essa é uma das músicas mais lindas que já ouvi. De quem ama libertando, que quando o amor é solto, quando não se aprisiona e respeitamos a individualidade e a potência de cada um é quando o amor de fato existe. E já emendamos essa com "Deixar você", de Gilberto Gil, viemos de uma música que fala sobre amar libertando e de repente entra um amor que se foi e a inconformidade desse amor que findou. Traz um antagonismo essas duas canções juntas. Mas por fim ele acredita que depois da escuridão vem a luz.
"Gatas Extraordinárias", de Caetano Veloso. "Gatas" é uma música que canto desde a minha adolescência. Lembro da primeira vez que ouvi Cássia Eller cantando, o quanto me pegou de jeito! Amava Cássia! E fala dessa busca incessante pelo amor. A pessoa tá ali a procura de viver essa experiência de novo e não vai parar enquanto não pegar essa criatura de novo.
Você tem um projeto de MPB para crianças, "As aventuras de Peixinho Nuni", que circulará em vários espaços de São Paulo. O que é esse projeto?
Tenho um grande amor por esse projeto. Ele é um musical de MPB para crianças e adultos também, para todo mundo que gosta de MPB. Ele conta a história de um peixinho que nasceu às margens do rio Cuanza, em Angola, chamado Nuni. Nuni foi capturado pelos pescadores que o colocaram em um navio e depois de sete dias e sete noites ele veio parar no Brasil. Mas ele não sabe que está no Brasil e é daí que começa sua jornada. Na busca de voltar para Angola, ele viaja o Brasil de Norte a Sul, fazendo amigos, conhecendo a cultura brasileira e descobrindo paisagens. Ele até se depara com a poluição quando chega em São Paulo. Todo o musical é composto por canções da MPB, desde as mais antigas de Braguinha, Chico Buarque, Caetano; canções com regionais, cocos e cacuriás; de novos grupos infantis como o grupo Cria, Mundo Aflora, autorais minhas e também a canção congolesa "Olelé Molibá Makasi", que resgata as origens da família do Nuni. O espetáculo estreou em agosto do ano passado através do ProAC. Lançamos o projeto com oito apresentações, entre CEUS e teatros de São Paulo. Foi um sucesso a estreia! Casa cheia sempre. Pretendo retornar em breve com ele.
O que a inspirou a realizá-lo?
Eu trabalhei muitos anos como educadora musical, tanto em sala de aula de escola regular, como em escola de música com turminhas de musicalização. Eu sempre amei dar aula pra criança. Meus amigos brincam que sou encantadora de crianças porque eu pulo, brinco, rolo na areia. É algo que me encanta, ensinar os pequeninos. Mas conforme fui direcionando mais meu trabalho artístico descobri que meu lugar com as crianças poderia estar no palco. Foi aí que criei "As aventuras do Peixinho Nuni", um musical em que assino o roteiro e a direção artística.
O que difere este projeto de outros projetos musicais feitos para crianças?
Além de ser um musical de MPB, ele tem um cunho pedagógico. Acho que pelo fato de eu ser professora de musicalização e acreditar que cada coisa precisa ter um propósito. No espetáculo ensinamos sobre preservar a natureza, sobre não jogar lixo no rio, sobre ancestralidade, sobre a importância de nos ouvirmos, de ouvir nossos sentimentos, sobre cultura brasileira e cultura africana, sobre geografia, pois explicamos onde está Angola e onde está o Brasil. Temos vários elementos característicos que ensinam muitas coisas bonitas para as crianças.
Como fazer para que os shows do EP "Amor Amor" não entre em conflito com o projeto "As aventuras de peixinho Nuni"?
Acho que cabe tudo ali. Por enquanto estou só conciliando as agendas, porque ainda não saí em turnê com o Nuni este ano, então está mais tranquilo. Mas quero conseguir dar conta de tudo quando começar a avançar mais com esses projetos. Além do Bicho de Pé, meu projeto de forró que bomba em junho e julho. Trabalho de artista independente, tem que fazer mil coisas para dar conta e pagar as contas. O pessoal vê só o glamour, mas não imagina o corre. Sou professora de canto também e dou muita aula particular.
O que as pessoas devem ter em mente quando forem assisti-la no show desta sexta-feira (2), no Sesc Avenida Paulista?
Vai ser um show que falará muito da vida real das pessoas, da importância do auto amor, dos perrengues e das desilusões amorosas que todo mundo passa, do amor ideal e o real (não romântico) que tem suas dificuldades. Acho que a principal vertente do show é a gente lembrar que para amarmos alguém a gente precisa aprender a se amar primeiro. Um show pra se divertir, conectar, refletir, emocionar. Sou suspeita pra dizer porque está bem bonito mesmo!
Complete as frases a seguir.
O amor é…respeito, empatia e reciprocidade.
Amar é...entregar-se sem medo.
Cantar é…onde eu me encontro comigo mesma.
Cantar para criança tem que…ser divertido e com intenção.
Cantar para gente grande tem que... Pergunta polêmica, porque depende muito de quem está ouvindo. Mas a resposta ideal pra mim seria conectar. Alguns se conectam porque é animada, e só querem se divertir; outros porque aquela música os emociona, outros porque faz refletir. E outros nem estão prestando atenção...mas acho que no fundo as pessoas só se conectam com aquilo que faz sentido a elas.
Ser cantora no Brasil é…desafiante, mas a gente ama!
Para melhorar a situação dos cantores no Brasil precisaríamos…passar por uma regulamentação. Desde os donos de bares valorizarem nosso trabalho com cachês melhores e condições técnicas boas, quanto ter uma classe unida lutando pelo mesmo propósito de conseguir viver da arte, porque muitos nem sobrevivem da arte.
Para cantar bem é preciso…muito estudo e amor.
Quem está começando a cantar deve se ater a…ouvir boas referências para encontrar o seu verdadeiro eu.
Gosto de ensinar canto porque…cantar é você se conectar com seu eu mais profundo.
Gosto de cantar porque…me lembra que eu preciso respirar e sentir.
Constata-se que cantoras são discriminadas quando…são contratadas somente pelo tipo físico e não pelo seu talento, ou quando são julgadas de "não boas" pela aparência. Quando bonita, duvidam da sua competência, ou muitas vezes nem a escutam.
As cantoras do Brasil deveriam se unir para…mostrarmos toda a potência que podemos ser juntas. Ainda há muito ego e rivalidade no meio artístico. É triste isso.
Bom show!
SHOW ‘AMOR AMOR’
ARTISTA Carla Casarim e banda
QUANDO Sexta-feira (2), às 20h
ONDE Sesc Avenida Paulista,
QUANTO De R$ 15 a R$ 50