Califórnia declara estado de emergência devido à gripe aviária em bovinos

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Em um ato de reconhecimento da crescente seriedade da disseminação da gripe aviária, o governador da Califórnia (EUA), Gavin Newsom, declarou na quarta-feira (18) que o surto de infecções entre em vacas do estado constitui uma emergência.

O anúncio seguiu a notícia de que um indivíduo na Louisiana havia sido hospitalizado com gripe aviária, o primeiro americano infectado a ficar gravemente doente.

O vírus, H5N1, ainda não pode se espalhar facilmente entre as pessoas e representa pouco perigo. Os produtos lácteos pasteurizados ainda são seguros para consumir. Mas nas últimas semanas houve constante aumento de casos em pessoas, gado leiteiro, aves e outros animais.

Cada infecção dá ao vírus a chance de assumir uma forma que poderia causar uma pandemia, alertaram os especialistas.

"Todas essas infecções em tantas espécies ao nosso redor estão pavimentando uma pista cada vez maior para o vírus potencialmente evoluir para infectar humanos melhor e se transmitir entre humanos", diz Nahid Bhadelia, diretora do Centro de Doenças Infecciosas Emergentes da Universidade de Boston.

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A Califórnia tem sido a mais afetada pelo surto em bovinos. Os primeiros rebanhos no país infectados com o vírus da gripe aviária foram identificados em março. A Califórnia identificou seu primeiro rebanho infectado no final de agosto. Mas desde então, o departamento de agricultura do estado encontrou o vírus em 645 fazendas leiteiras, cerca da metade delas nos últimos 30 dias.

A declaração de estado de emergência dá às autoridades de saúde estaduais e locais meios adicionais para conter o surto. Acredita-se que o surto em vacas tenha começado no Texas no início deste ano. Até quarta-feira, 865 rebanhos infectados haviam sido identificados em 16 estados.

O CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) também confirmou a infecção por H5N1 em 61 pessoas e indicaram outras sete como casos "prováveis". Mais da metade dos casos confirmados foram na Califórnia. Apenas 37 dos 61 casos foram rastreados até a interação com gado infectado; os casos restantes foram atribuídos à exposição a aves ou outros animais doentes, ou são de origem desconhecida.

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