Brasil tem taxa de juros e inflação menores do que a média, diz Campos Neto

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Ele reconhece que as taxas não refletem um cenário confortável. Apesar de indicar que as taxas de juros real e nominal são as mais baixas para um intervalo de cinco anos desde 1999, Campos Neto classifica as taxas ainda como "absurdamente altas".

O presidente do BC defende a busca pela "taxa de juros neutra". Campos Neto afirma que a política monetária condizida pela autoridade monetária tem como foco um limite dos juros "que não gera inflação e nem desinflação". "Quanto mais baixa essa taxa de juros neutra, melhor, porque você pode trabalhar com uma taxa mais baixa, sem gerar inflação", explica.

Convocação de Campos Neto atende a requerimento de dois parlamentares. O comparecimento de Campos Neto à Câmara dos Deputados foi realizado devido a pedidos apresentados pelos deputados Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) e Mário Negromonte Jr. (PP-BA), integrantes das comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação, respectivamente.

Deputados questionam a manutenção da Selic em 10,5% ao ano. A avaliação considera que as últimas decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) contrariam os interesses de empresários, consumidores e membros do governo. "O elevado nível de taxa de juros mantém o cenário de diminuição da concessão doméstica de crédito, acarretando a continuidade da desaceleração econômica no país", destacou Mendonça no requerimento.

Há de se considerar diversos aspectos que convergem para o início da queda da taxa Selic, como a queda de índices de inflação ao consumidor apurada nos últimos meses e a tramitação, em fase final no Congresso Nacional, do novo arcabouço fiscal, que trará as regras para garantir a estabilidade econômica e para o controle da trajetória da dívida pública.
Deputado Félix Mendonça Júnior (PDT/BA), em requerimento

Campos Neto explicou o tripê utilizado para definir a taxa Selic. Segundo o presidente da autoridade monetária, as análises do Copom (Comitê de Política Monetária) consideram as expectativas para inflação, a capacidade de crescimento do Brasil sem aumentar os preços e a inflação corrente.

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