Brasil condena Israel por considerar secretário-geral da ONU “persona non grata”

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O governo brasileiro lamentou e condenou a decisão do governo de Israel de declarar o secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, “persona non grata” no país.

Segundo nota divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Ministério das Relações Exteriores, o ato “prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio, da libertação imediata e incondicional de todos os reféns e de um processo que permita a concretização da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança”.

Na quarta-feira (2), o ministro israelense dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, anunciou que, além de “persona non grata”, Guterres não pode entrar em Israel. Segundo Katz, o secretário-geral da ONU será lembrado “como uma mancha na história da ONU”.

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“O ataque do governo de Israel a uma organização que foi constituída para salvar a humanidade do flagelo e atrocidades da II Guerra Mundial e para proteger os direitos humanos fundamentais e a dignidade da pessoa humana não contribui para a paz e o bem-estar das populações israelense e palestina e afasta a região de uma solução pacífica”, diz a nota do Itamaraty.

“O Brasil reafirma a importância das Nações Unidas, notadamente de sua Assembleia Geral e de seu Conselho de Segurança, nos esforços pelo cessar-fogo e por uma solução de dois Estados”, conclui a publicação.

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