Enquanto a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formava maioria para receber a denúncia que imputa uma tentativa de golpe de Estado a Jair Bolsonaro e outros sete aliados, o ex-presidente usou suas redes sociais para criticar o julgamento.
“A julgar pelo que lemos na imprensa, estamos diante de um julgamento com data, alvo e resultado definidos de antemão. Algo que seria um teatro processual disfarçado de Justiça – não um processo penal, mas um projeto de poder que tem por objetivo interferir na dinâmica política e eleitoral do país”, escreveu Bolsonaro em sua conta no X (antigo Twitter).
Mais cedo, deputados do PL, partido de Bolsonaro, também criticaram o julgamento, classificando-o como um “circo” e comparando-o com o “tribunal de Nuremberg“, onde nazistas foram julgados após o fim da Segunda Guerra Mundial.
“O julgamento para mim é político”, disse Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados. “É um circo”, gritou o general Girão (PL-RN).
Vários deputados bolsonaristas acompanharam o julgamento de Bolsonaro presencialmente no STF. Eles acreditam que o julgamento é apenas uma formalidade para condenar o ex-presidente.
“Aquilo ali é um tribunal de Nuremberg. Não precisa (nem julgar)”, afirmou o deputado Sanderson, um dos parlamentares barrados na Corte. “Eles não estão olhando nem prova, nem nada. Dava para ver a alegria dos ministros. Era uma farsa. Todos nós sabemos que eles serão condenados por, no mínimo, 30 anos para tirar da concorrência no ano que vem”, completou.