Bolsa e Dólar: dia de recuperação depois do pânico da "Black Monday"

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Na segunda-feira, Bolsas em vários países tiveram dias de perda. Especialistas do mercado temem que a taxa de juros dos Estados Unidos tenha sido mantida em altos patamares por muito tempo e que a maior economia do mundo possa sofrer uma recessão.

Além disso, as recentes medidas do Banco Central do Japão (BoJ) afetaram vários mercados. O BoJ forçou a valorização do iene e aumentou os juros. Como o país oriental tinha a menor taxa do mundo, muitos investidores faziam uma operação chamada "carry trade": captavam dinheiro lá e em seguida, aplicam aqui, no Brasil, que tem o segundo maior juro do planeta, e nos Estados Unidos. Com as mudanças, esse dinheiro começou a sair rapidamente desses países, causando — aqui — a desvalorização do real.

Tudo isso ficou para trás?

Não. Os efeitos do "carry trade" continuam pesando. Mas o PMI, que mede a temperatura do setor de serviços nos Estados Unidos, ajudou a acalmar o mercado. O índice subiu de 48,8 em junho para 51,4 em julho. Analistas previam um aumento menor, a 51. "Por isso a Bolsa brasileira e o dólar aqui tiveram um alívio", afirma Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank.

O dólar, na segunda, fechou o dia em alta de 0,56%, vendida a R$ 5,7412 — maior valor desde março de 2021. O turismo ficou em R$ 5,953 na venda, com apreciação de 0,37%. O Ibovespa perdeu 0,46% ao final do pregão, indo a 125.269.

Prepare-se para a montanha-russa

Mas deve acontecer ainda muito sobe e desce. Para Ana Paula Gobbo, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, a volatilidade deve persistir. "O investidor deve estar preparado para um mercado com alta volatilidade para os próximos 30 dias", disse ela.

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