O objetivo é conter o avanço do dólar, que sobe no mundo todo. Ontem, quinta-feira (29), a moeda americana teve a quarta alta seguida. No pico do dia bateu em R$ 5,663. Na semana, a divisa subia 2,62% e chegou ao último dia do mês com ganho acumulado de 0,57% em agosto. Nos piores momentos de agosto, acumulou alta superior a 3%, em meio a temores de recessão nos EUA.
O mercado gostou da ação do BC. "Foi um lote bem grande e isso sinaliza uma mudança na postura do BC, que tem reservas de R$ 350 bilhões", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.
Inflação dos EUA
A Bolsa também repercute a inflação dos EUA, que cresceu 0,2% em julho em relação a maio. O PCE, ou o índice de preços de despesas de consumo pessoal teve alta de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado, exatamente em linha com as estimativas do mercado.
Esse é o indicador de inflação favorito do Federal Reserve, o banco central americano. O dado colabora para o corte de juros em setembro. A expectativa agora é com os dados de emprego que saem na semana que vem. Se o mercado de trabalho dos EUA estiver ainda muito aquecido, o corte de juros pode ser menor. O contrário também vale.
O corte de juros nos EUA é importante. Se as taxas por lá caírem, o dinheiro de investidores de todo o mundo sai do Tesouro Americano e vai procurar melhores rentabilidades, por exemplo, em Bolsas de países emergentes, como o Brasil.