Não sabemos o que vai acontecer. Não dá para dizer se o preço vai cair mais. Mas estamos em uma região muito importante para o bitcoin: os US$ 78 mil. Ele já perdeu os US$ 80 mil, que era uma barreira psicológica, e agora está nos US$ 78 mil, que também é um ponto-chave. Temos que aguardar para ver se o mercado vai conseguir segurar. O bitcoin já vem de uma correção forte desde o seu topo histórico.
Isac Honorato, CEO do Cointimes
E quais as dicas para os investidores?
Momento exige paciência. Se o investidor já estiver posicionado, não é hora de se desfazer do portfólio, diz o CEO do Cointimes. "A melhor coisa para fazer é desligar o computador e o celular, e não ficar olhando para gráfico, porque isso vai causar ansiedade", afirma ele. Para quem investidor, a dica é manter a carteira, esperar os próximos passos dos Estados Unidos quanto às tarifas e qual será a resposta por parte do mercado.
Aloque uma pequena parte da carteira com diversificação. Segundo os especialistas, os investidores iniciantes não devem entrar com todo o dinheiro de uma vez, por conta da volatilidade. Além disso, eles podem estabelecer o teto de 5% para a criptomoeda e programar a compra desse montante aos poucos, a cada semana ou mês. Isso ajuda a ter diferentes faixas de preço, reduz o risco e cria disciplina a médio e longo prazo, segundo Andrade, da Nord.
Considere o tamanho do risco. Neste momento de alta volatilidade, de total incerteza, mesmo que a pessoa ganhe um prêmio interessante, isso pode ser revertido rapidamente, diz Fernandes, da Foxbit. Dessa forma, para muitos investidores a recompensa não vale a pena, se comparado com o risco no cenário atual.
É importante não tentar acertar preços. "Pode ser que a pessoa não compre BTC a US$ 75 mil, no meio do turbilhão. Mas adquira a um patamar de US$ 80 mil, em um ambiente mais controlado e de menor risco. A decisão deve considerar o momento e o perfil de risco", explica Fernandes.