Diretor do BC comparou autarquia à ‘aquela pessoa chata que pede para baixar o som no auge da festa’, sublinhando que as decisões sobre a taxa Selic serão fundamentadas em critérios técnicos
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Gabriel Galípolo é o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suceder Roberto Campos Neto na presidência do BC
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a instituição está disposta a aumentar a taxa de juros, caso isso se torne necessário. Durante sua participação no 32º Congresso e Expo Fenabrave, ele fez questão de esclarecer mal-entendidos sobre suas declarações anteriores, ressaltando que a assimetria nos balanços de riscos não deve ser interpretada como uma orientação fixa. Galípolo reiterou que a possibilidade de um ajuste na taxa de juros está em análise, com foco na inflação, que atualmente se encontra acima do centro da meta estabelecida. Ele projetou uma inflação de 3,2% para os próximos 18 meses, ao mesmo tempo em que observou que o crescimento econômico tem superado as expectativas.
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Em uma analogia, o diretor comparou o Banco Central à “aquela pessoa chata que pede para baixar o som no auge da festa”, sublinhando que as decisões sobre a taxa de juros serão fundamentadas em critérios técnicos. Ele também enfatizou a importância de aguardar dados econômicos antes de tomar decisões, esclarecendo que isso não implica esperar por um dado específico. Galípolo destacou que a autonomia do BC permite que todos os diretores expressem suas opiniões, o que é um aspecto natural do funcionamento da instituição. O ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda é o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suceder Roberto Campos Neto na presidência da autoridade monetária.
Publicado por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA