Banco Central defende cautela na concessão de crédito

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Apesar das incertezas econômicas, Comitê de Estabilidade Financeira não vê preocupações imediatas em relação aos preços dos ativos e ao crescimento do crédito no médio prazo

Raphael Ribeiro/BCB

Prédio do Banco Central do Brasil

O crédito para micro, pequenas e médias empresas apresenta riscos significativos, com níveis elevados de endividamento

O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central do Brasil emitiu um alerta sobre a necessidade de prudência na concessão de crédito. A ata da reunião de novembro do comitê, divulgada nesta quarta-feira (4). O aumento da taxa de juros e o apetite a risco das instituições financeiras, juntamente com o crescimento do crédito destinado a pequenas empresas e famílias, foram pontos destacados. O crédito para micro, pequenas e médias empresas apresenta riscos significativos, com níveis elevados de endividamento.

Além disso, o Comef observou que o crédito para famílias também está em ascensão, especialmente em modalidades que envolvem maior risco, o que resultou em uma leve deterioração na qualidade das concessões. Apesar das incertezas econômicas, o comitê não vê preocupações imediatas em relação aos preços dos ativos e ao crescimento do crédito no médio prazo. As previsões do sistema financeiro estão adequadas e superam as expectativas de perdas.

O risco de crédito para as famílias deve continuar a diminuir, exceto no setor rural, enquanto o risco para micro, pequenas e médias empresas permanece elevado. O Comef também ressaltou que os níveis de capitalização e liquidez do Sistema Financeiro Nacional estão acima dos requisitos prudenciais, o que indica uma boa saúde financeira das instituições. O comitê está monitorando a dinâmica das cadernetas de poupança e outros instrumentos de captação voltados para o crédito imobiliário.

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Os testes de estresse realizados mostraram que o sistema financeiro é resiliente, embora o cenário mais desafiador envolva uma quebra de confiança no regime fiscal. Em resposta a essa situação, o governo anunciou medidas fiscais que incluem a redução de gastos e uma proposta de isenção de Imposto de Renda para pessoas que recebem até R$ 5 mil mensais. No entanto, essas iniciativas não foram bem recebidas pelo mercado financeiro.

Por fim, os testes indicam que o Sistema Financeiro Nacional está preparado para lidar com os impactos de mudanças regulatórias que entrarão em vigor em janeiro de 2025. Essas mudanças estão relacionadas à regulamentação que visa alinhar as regras contábeis aos padrões internacionais, especificamente o IFRS 9.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Luisa dos Santos

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