Avião cai em Vinhedo: área do voo tinha alerta 'severo' de formação de gelo

há 4 meses 23

"Entretanto, existem casos de acidentes aéreos que, na hora que você vai investigar, se encontra um fator totalmente fora da curva, que ninguém imaginou que seria aquilo, mas era. Então, só a investigação pode confirmar [a causa da queda]", disse Marinho.

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Formação de gelo e queda em espiral

O presidente do BGAST explica que a formação de gelo sobre as asas de uma aeronave é causada por uma condição atmosférica em que a água fica abaixo de 0ºC e, quando o líquido se choca com a asa, forma-se uma camada de gelo.

"O acúmulo de camadas de gelo sobre as asas, pode mudar a curvatura das asas, que são justamente o que possibilita a sustentação da aeronave", segue o piloto. "Se muda demais essa curvatura, a aeronave perde a sustentação e, nesses casos, "é como se ele deixasse de ser um avião e passasse a ser uma como uma pedra, que foi o que vimos hoje", completa.

O que explica a queda do avião em espiral é justamente isso, a aeronave perde a sustentação e para de voar. Tanto é que ele não tinha nenhuma velocidade horizontal, só vertical. Por isso, ele ficou rodando no próprio eixo, até chegar no chão. Quando entra em 'parafuso chato' [quando o avião cai sem nenhuma ou quase nenhuma velocidade horizontal], é praticamente impossível de sair dele. Raul Marinho, piloto e presidente do Grupo Brasileiro de Segurança da Aviação Geral (BGAST)

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