O Ministério da Fazenda pediu à Polícia Federal que investigue a divulgação indevida do CPF do ministro Fernando Haddad em meio à onda de desinformação envolvendo o Pix. O caso se soma a outros golpes e fake news sobre a mudança que a Receita Federal tinha proposto na fiscalização sobre transações bancárias.
A medida, anunciada em setembro do ano passado, previa que operadoras de cartão de crédito e bancos digitais notificassem à Receita operações acima de R$ 5.000 por mês para pessoas físicas e de R$ 15 mil para pessoas jurídicas —a norma já existe para bancos tradicionais e cooperativas de crédito.
A campanha de desinformação sobre a medida, que citava uma falsa taxação do Pix, incluiu um vídeo falso feito com inteligência artificial em que Haddad aparecia anunciando impostos até sobre pets e um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em que ele distorce informações e levanta suspeitas sobre o tema.
Diante do que o presidente Lula (PT) viu como uma sucessão de erros, a decisão do governo foi recuar. A Fazenda também editou uma medida provisória para reafirmar que pagamentos por Pix não podem ser taxados.
No Café da Manhã desta sexta-feira (17), Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, trata das mensagens que o governo tentou mandar nesse caso, da campanha de desinformação da oposição e do saldo do recuo para o Palácio do Planalto.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.