Armas e Android: Google desce para o playground da disputa EUA x China

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Não é de hoje que o Google está pressionado por investidores. Muito dinheiro investido em IA. Pouco retorno. Até aí, todas as Big Tech estavam. Até surgir o DeepSeek. Agora está xeque a forma de criação da IA, baseada em código fechado e aumento da capacidade com mais chips. Nessa só a Meta se salvou. A paciência do mercado ficou mais curta esta semana, quando o Google apresentou resultados abaixo da expectativa para 2024.

A nuvem é a culpada pela queda das ações do Google (...) Os resultados decepcionantes da nuvem sugerem que o momento impulsionado pela IA pode estar começando a diminuir à medida que a estratégia de modelo fechado do Google é questionada pela DeepSeek
Evelyn Mitchell-Wolf, analista do Emarketer

Em meio a esse cenário, vai ser difícil dizer "não" quando surgirem contratos militares aparecerem baterem à porta. Já aconteceu. O Google trabalhou com o Pentágono até 2018, quando só encerrou o contrato após pressão de funcionários. Na época, mais de 3 mil deles assinaram uma carta de repúdio.

Nós acreditamos que o Google não deveria estar no negócio da guerra

Nesta semana, em comunicado assinado por James Manyika, vice-presidente sênior, e Demis Hassabis, CEO da DeepMind e ganhador do Prêmio Nobel, o Google fala em "segurança nacional" e "liderançaa em IA num cenário geopolítico cada vez mais complexo".

Há uma competição global pela liderança em IA num cenário geopolítico cada vez mais complexo. Acreditamos que as democracias devem liderar o desenvolvimento da IA, guiadas por valores fundamentais como a liberdade, a igualdade e o respeito pelos direitos humanos. E acreditamos que as empresas, os governos e as organizações que partilham estes valores devem trabalhar em conjunto para criar uma IA que proteja as pessoas, promova o crescimento global e apoie a segurança nacional
James Manyika e Demis Hassabis, Vice-presidente sênior e CEO da DeepMind

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