O que falta amarrar no Senado?
O governo e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, precisam aparar arestas em outros assuntos para que a sabatina seja marcada e a indicação votada em plenário, possivelmente no dia 13 de setembro. É possível que o tradicional beija-mão aos senadores seja abreviado, um 'fast track', já que Galípolo já fez isso ao ser indicado diretor de política monetária. De qualquer forma, os senadores esperam gestos de deferência.
As questões envolvem ainda o presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), Vanderlan Cardoso (PSD/GO). Já houve avanço nos acordos - por exemplo, o PDL das armas foi retirado de pauta e o governo ficou de enviar outro decreto sobre o assunto. Mas ainda há pontos a serem resolvidos, como a PEC de autonomia do Banco Central, que sofre resistência do governo.
O ministro Fernando Haddad admitiu que não conseguiu falar com Pacheco antes de oficializar a indicação e marcar a data da sabatina, mas a tendência é que as conversas avancem.
Qual é a expectativa do mercado sobre a decisão do Copom?
Segundo o último boletim Focus, a maior parte dos agentes de mercado do Brasil acredita que o Banco Central irá manter a Selic (taxa básica de juros) nos atuais 10,50% ao ano. Mas, nos últimos dias, tem aumentado o número de agentes que apostam em elevação para 10,75% ou até 11%. Entre bancos de fora do país que investem no Brasil, a maior aposta é que a Selic de 10,5% seja mantida.