Com mínima a R$ 5,4292 e máxima a R$ 5,4872, à tarde, o dólar à vista encerrou a sessão desta quarta-feira (14), em alta de 0,36%, cotado a R$ 5,46
PAULO VITOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Apesar do avanço de hoje, a divisa apresenta baixa de 0,83% na semana e desvalorização de 3,29% em agosto
Após seis pregões seguidos de queda, em que acumulou desvalorização de 5,08%, o dólar apresentou, nesta quarta-feira (14), alta moderada no mercado doméstico, mantendo-se abaixo da linha de R$ 5,50. Segundo operadores, o dia foi marcado por ajustes e realização de lucros, além de recomposição parcial de posições defensivas em meio ao aumento dos ruídos políticos internos. Pela manhã, a moeda até ensaiou nova queda, após leitura de inflação ao consumidor nos EUA em julho dentro das expectativas chancelar a aposta de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) em setembro, com chances praticamente divididas entre 25 pontos e 50 pontos-base. Com mínima a R$ 5,4292 e máxima a R$ 5,4872, à tarde, o dólar à vista encerrou a sessão desta quarta-feira (14), em alta de 0,36%, cotado a R$ 5,4693.
Apesar do avanço de hoje, a divisa apresenta baixa de 0,83% na semana e desvalorização de 3,29% em agosto. No radar do Congresso, deputados e senadores avaliam realizar sessão conjunta nesta semana para aprovar mudanças nas chamadas “emendas PIX”, após o ministro Flávio Dino, do STF, exigir mais transparência no repasse de recursos. Outro ponto relevante é o projeto de renegociação da dívida dos Estados com a União, que deve ser votado no Senado ainda hoje. As alterações promovidas pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP) foram avaliadas positivamente pela equipe econômica, uma vez que não trariam impacto no resultado primário. Também estão na pauta dos senadores as medidas para compensação das perdas com desoneração da folha de pagamentos.
À tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial em agosto, até o dia 9, foi negativo em US$ 302 milhões, resultado de saída líquida de US$ 1,374 bilhão pelo canal financeiro e entrada líquida de US$ 1,072 bilhão via comércio exterior. Em julho, o fluxo total foi positivo em US$ 1,743 bilhão. Lá fora, termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisa fortes, o índice DXY, que havia tocado mínima aos 102,270 pontos pela manhã sob impacto da inflação ao consumidor nos EUA, zerou a queda ao longo da tarde e passou a trabalhar em ligeira alta, acima 102,600 pontos.
O dólar teve comportamento díspar na comparação com moedas emergentes e exportadores de commodities, em dia de baixa do petróleo e do minério de ferro. Entre pares do real, caiu em relação ao peso mexicano e ao rand sul-africano, mas subiu ante o peso chileno, abalado pelo recuo do cobre e por disputa trabalhista que ameaça paralisar a maior mina de cobre no mundo, localizada no país.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira