Após alta do dólar e queda na Bolsa, há uma expectativa de que Lula bata o martelo sobre um valor desde segunda (4). Não havia uma promessa de anúncio para hoje, como não havia para os outros dias, mas a equipe econômica se comprometeu a divulgar pelo menos algum número ainda nesta semana.
As medidas dizem respeito ao Orçamento de 2026. Em julho, também sob pressão do mercado, a equipe econômica já havia anunciado o congelamento de R$ 15 bilhões em gastos para este ano e mais R$ 25,9 bilhões para 2025.
Além dos aspectos internacionais, a considerada demora para o anúncio deixou um clima de insegurança no mercado. Para tentar impedir novas altas da moeda americana e especulações com o real, como as vistas na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou uma viagem à Europa a pedido de Lula para fazer o anúncio sobre o Orçamento.
Para amanhã, Haddad cancelou a ida a São Paulo. O ministro costuma passar os finais de semana na capital paulista, onde faz reuniões com membros do mercado, mas ficará em Brasília para a nova reunião.
Aqui, não
Lula tem resistido a ceder a pressões externas. Enviando sinais de que não gosta de se submeter a pressões externas, o presidente gosta de repetir que alguns tipos de despesas, como os programas sociais, não são gasto, são investimento. Também flerta com o não cumprimento da meta fiscal, proposta pela própria equipe econômica.