Em fevereiro, Donald Trump anunciou suas primeiras medidas tarifárias. Com foco no Canadá, México e China, o governo dos EUA alegava que esses países estavam facilitando a importação de fentanil, uma droga 50 vezes mais forte que a heroína. Porém, após negociações, os EUA postergaram o início das cobranças tarifárias em um mês.
Em março, os EUA taxaram em 20% os produtos chineses que entravam no país. Segundo Trump, por causa do tráfico de fentanil. No dia 2 de abril, os EUA divulgaram a lista dos principais países que seriam taxados. A alegação era que esses países sobretaxavam os produtos norte-americanos. Inclusive, o Brasil não ficou de fora da lista, ao receber imposições tarifárias de 10%.
Sendo taxada em 34%, a China realizou uma contraofensiva. Ao retaliar em 34% os EUA, a guerra comercial foi escalando gradativamente. Especialistas mundo afora alertavam sobre os riscos que uma guerra tarifária poderia causar, com impacto global na economia e risco de recessão.
Na última terça-feira, os EUA ampliaram as tarifas em 50%, chegando à 104%. O governo do presidente Xi Jiping não deixou barato e aumentou a taxação para produtos importados dos EUA para 84% na quarta-feira, 9. No mesmo dia, os EUA aumentaram para 145% as taxas contra China. Importante lembrar: 20% desse total já estava sendo cobrado desde Março como tentativa de mitigar o tráfico de fentanil para os Estados Unidos.
Na madrugada de hoje, a China aumentou as taxas para 125%. O ministério das finanças da China deu a entender, em nota, que esse seria o teto para a escalada comercial deflagrada por Donald Trump. "Não há vencedor em uma guerra tarifária e ir contra o mundo só resultará em autoisolamento", disse Xi Jiping, mandatário chinês em reunião com representantes da União Europeia.