O grupo encontrou evidências do cromossomo Y em múltiplas regiões do cérebro, afetando 63% das amostras analisadas.
Além disso, eles detectaram que o DNA masculino perdurou no organismo das mães até o fim da vida - a mulher mais velha com microquimerismo fetal cerebral tinha 94 anos.
Riscos ou vantagens?
Mesmo os efeitos secundários do alojamento de DNA no cérebro ainda serem pouco conhecidos, os pesquisadores levantam a hipótese de que esse material genético intruso pode combater o Alzheimer.
Isso porque, das 59 mulheres analisadas, 33 delas apresentavam sinais da doença degenerativa e outras 26 não tinham problemas neurológicos. Quem tinha a síndrome, no entanto, estava no grupo de mulheres com a menor concentração de células fetais masculinas no cérebro - ou seja, a maioria tinha pouca proteção contra o Alzheimer, afirma o estudo.
Os pesquisadores lembram, ainda, que o microquimerismo fetal pode tanto ajudar a saúde feminina, com a reparação de tecidos e a melhora na imunidade do organismo, quanto reagir negativamente, com a aparição de doenças autoimunes e câncer.