Alta dos alimentos atinge mais de 90% da população de 8 estados, diz Quaest

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Alimentação em casa puxa a sequência de altas dos preços. Somente em janeiro, a variação de 1,07% dos produtos consumidos no domicílio foi puxada pelos preços da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%) e do café moído (8,56%).

Problemas climáticos interferiram na inflação dos alimentos. "O índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país", afirmou Fernando Gonçalves, gerente responsável pelo IPCA, na divulgação do índice de 2024.

Entrevistados avaliam que a economia "piorou" nos últimos 12 meses. A percepção negativa é liderada pelos habitantes do Paraná (61%). Na sequência, aparecem o Rio de Janeiro (60%), Minas Gerais (59%) e Goiás (58%). A visão de que o ambiente "melhorou" não supera 20% em nenhum dos estados.

Quaest ouviu 10.442 brasileiros para elaborar a pesquisa. O levantamento foi realizado com entrevistas presenciais entre os dias 19 e 23 de fevereiro e tem margem de erro de 3 pontos percentuais para todos os oito estados analisados. O nível de confiança do estudo é de 95%.

Governo em alerta

Inflação dos alimentos impacta a imagem do governo Lula. O presidente chegou a pedir para que os consumidores deixem de comprar produtos que estejam muito caros. Os dados da pesquisa Quaest mostram também que a avaliação negativa do trabalho do presidente cresceu entre os moradores de todos os estados analisados.

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