Aliado de Nikolas e sobrinho-neto de Dilma serão vereadores em BH; veja os 41 eleitos

há 3 meses 6

A população de Belo Horizonte (MG), um dos principais colégios eleitorais do país, elegeu os 41 vereadores que vão compor a Câmara Municipal da capital de Minas Gerais para a legislatura que se inicia em 2025.

Contabilizados os votos de domingo (6), data do primeiro turno das eleições municipais, o candidato mais votado foi Pablo Almeida (PL), de 31 anos, que se tornou o vereador com o maior número de votos da história da cidade.

Ex-assessor do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos principais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Pablo recebeu 39.960 votos.

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O bolsonarista superou a marca obtida por Duda Salabert (PDT), que teve 37.613 votos nas eleições de 2020 para a Câmara Municipal. Em 2024, Salabert foi candidata à prefeitura de Belo Horizonte – terminou em quinto lugar.

Pablo Almeida foi assessor parlamentar no gabinete de Nikolas Ferreira, na Câmara dos Deputados, entre outubro de 2023 e junho de 2024. Ele participou de várias agendas de campanha do candidato do PL à prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler, o mais votado no primeiro turno do pleito – disputará o segundo turno com o prefeito Fuad Noman (PSD).

As maiores bancadas do Legislativo municipal na capital de Minas serão do PL e do PT. Em 2025, a Câmara contará com 18 novos vereadores, o que significa um índice de renovação de 43,5%. Ao todo, 23 parlamentares foram reeleitos para novos mandatos de vereador.

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Sobrinho-neto de Dilma

Outro destaque da votação para a Câmara Municipal de Belo Horizonte foi a eleição de Pedro Rousseff (PT), sobrinho-neto da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que governou o país entre 2011 e 2016.

Pedro foi o candidato mais votado do PT e o sexto na classificação geral, com 17.595 votos (1,46%). Ele é neto de Igor Rousseff, irmão da ex-presidente da República.

Como funciona a eleição para vereador?

O processo eleitoral brasileiro obedece a dois sistemas distintos para cargos políticos: o majoritário e o proporcional, que têm regras de contagem de votos diferentes.

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A eleição majoritária é utilizada para escolher os representantes do Poder Executivo (ou seja, prefeito e vice-prefeito). Neste sistema, a chapa mais votada é eleita, considerando os votos válidos, excluídos os votos em branco e os nulos.

Já os representantes das Câmaras Municipais são eleitos pelo sistema proporcional, modelo mais complexo do que o majoritário. Neste caso, os eleitores podem optar por votar nominalmente em seu candidato ou somente na legenda partidária, mas é o partido que antes recebe os votos em disputa.

No sistema proporcional, a transformação dos votos recebidos pelos partidos e seus candidatos em assentos efetivos nas casas legislativas ocorre em etapas. Na primeira, calcula-se o quociente eleitoral ‒ a divisão entre a quantidade de votos válidos registrados e o número de cadeiras em disputa, desprezando-se a fração, se igual ou inferior a 0,5, ou arredondando-se para 1, se superior.

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Na sequência, calcula-se o quociente partidário ‒ resultado da divisão entre o número de votos válidos e o quociente eleitoral. Este número, desprezando qualquer fração no cálculo, definirá a quantidade de assentos que um partido terá direito na casa legislativa.

Isso explica o fato de, às vezes, um candidato receber um volume expressivo de votos, mas não ser eleito, porque seu partido não conseguiu atingir o número mínimo de votos definido pelo quociente eleitoral. Por outro lado, é possível que um candidato de um partido que tenha recebido menos votos seja eleito, caso sua sigla tenha obtido votos suficientes para superar o quociente eleitoral e ele tenha se destacado entre os mais votados naquela legenda.

A quantidade de vagas obtidas por cada partido varia conforme o número de vezes que ultrapassa o quociente eleitoral. Dentro da sigla, as vagas são preenchidas pelos candidatos em ordem decrescente de votos conquistados.

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Veja a lista dos 41 vereadores eleitos em Belo Horizonte:

  • Pablo Almeida (PL) – 39.960 votos
  • Professora Marli (PP) – 23.773 votos
  • Iza Lourença (Psol) – 21.485 votos
  • Fernanda Pereira Altoé (Novo) – 18.682 votos
  • Marcela Trópia (Novo) – 17.878 votos
  • Pedro Rousseff (PT) – 17.595 votos
  • Flávia Borja (DC) – 16.393 votos
  • Vile (PL) – 14.705 votos
  • Uner Augusto (PL) – 13.401 votos
  • Irlan Melo (Republicanos) – 11.660 votos
  • Juninho Los Hermanos (Avante) – 11.435 votos
  • Wagner Ferreira (PV) – 10.963 votos
  • Dr Bruno Pedralva (PT) – 10.870 votos
  • Lucas Ganem (Podemos) – 10.753 votos
  • Osvaldo Lopes (Republicanos) – 10.345 votos
  • Loíde Gonçalves (MDB) – 10.313 votos
  • Luiza Dulci (PT) – 10.169 votos
  • Braulio Lara (Novo) – 9.992 votos
  • José Ferreira Projeto Ajudai (Podemos) – 9.946 votos
  • Edmar Branco (PCdoB) – 9.813 votos
  • Cida Falabella (Psol) – 9.530 votos
  • Professor Juliano Lopes (Podemos) – 9.328 votos
  • Wanderley Porto (PRD) – 9.261 votos
  • Bruno Miranda (PDT) – 8.736 votos
  • Arruda (Republicanos) – 8.668 votos
  • Claudio do Mundo Novo (PL) – 8.261 votos
  • Helinho da Farmácia (PSD) – 8.121 votos
  • Helton Junior (PSD) – 8.013 votos
  • Janaina Cardoso (União) – 7.740 votos
  • Pedro Patrus (PT) – 7.675 votos
  • Cleiton Xavier (MDB) – 7.382 votos
  • Sargento Jalyson (PL) – 7.080 votos
  • Maninho Félix (PSD) – 7.061 votos
  • Juhlia Santos (Psol) – 6.703 votos
  • Rudson Paixão (Solidariedade) – 6.594 votos
  • Dra Michelly Siqueira (PRD) – 6.495 votos
  • Marilda Portela (PL) – 6.279 votos
  • Diego Sanches (Solidariedade) – 6.278 votos
  • Leonardo Ângelo da Itatiaia (Cidadania) – 6.156 votos
  • Tileléo (Progressistas) – 5.065 votos
  • Neném da Farmácia (Mobiliza) – 4.702 votos

Veja a nova composição da Câmara Municipal de Belo Horizonte, por partido:

  • PL: 6
  • PT: 4
  • Novo: 3
  • Podemos: 3
  • Republicanos: 3
  • PSD: 3
  • PSOL: 3
  • PRD: 2
  • MDB: 2
  • Solidariedade: 2
  • PP: 2
  • União Brasil: 1
  • PDT: 1
  • Mobiliza – 1
  • DC: 1
  • Avante: 1
  • Cidadania: 1
  • PCdoB: 1
  • PV: 1
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