O ex-governador do Rio Grande do Sul Alceu Collares, um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT), morreu na madrugada desta terça-feira (24), em Porto Alegre.
Com pneumonia, Collares estava internado no Hospital Mãe de Deus, na capital gaúcha, desde o dia 16 de dezembro.
“O Hospital Mãe de Deus comunica com pesar o falecimento do ex-governador Alceu de Deus Collares nesta terça-feira (24), às 2h40min, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Aos 97 anos, ele havia sido internado no dia 16 de dezembro. Consternados, expressamos nossas condolências à família e amigos, compartilhando a dor pela perda”, diz o hospital, em nota.
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Alceu Collares foi o primeiro e, até hoje, único homem negro a governar o Rio Grande do Sul, entre 1991 e 1995 (na época, não havia reeleição).
O político, uma das figuras centrais do movimento trabalhista brasileiro (juntamente com o também ex-governador Leonel Brizola), foi prefeito de Porto Alegre (1986-1989), deputado federal (1971-1983 e 1999-2007) e vereador na capital gaúcha (1964-1970).
Em 2016, o ex-governador foi diagnosticado com enfisema pulmonar e, desde então, vinha sofrendo com complicações de saúde. Em novembro deste ano, Collares teve uma pneumonia que acabou agravando o quadro.
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Repercussão
Por meio de sua conta no X (antigo Twitter), o atual presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que também é ministro da Previdência Social, lamentou a morte de Alceu Collares.
“É com o coração apertado que nos despedimos de Alceu Collares, um amigo querido e parceiro de tantas batalhas no PDT. Ele foi um exemplo de coragem e dedicação à justiça social, e tive o privilégio de viver ao lado dele momentos marcantes na luta por um Brasil mais justo”, escreveu Lupi.
“Sua ausência será profundamente sentida, mas o legado que ele deixa continuará nos inspirando. Meus sinceros sentimentos à família e a todos que compartilham essa grande perda”, completou o presidente do PDT.
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também manifestou pesar pela morte de Collares e decretou luto oficial de três dias no estado.
“Seu legado de luta pela justiça social, pelos direitos dos trabalhadores, pela educação, com a construção dos Cieps, ação pioneira de escola em tempo integral, e pelo desenvolvimento do Rio Grande do Sul, seguirá como inspiração para todos nós”, escreveu o tucano no X.
“Minha solidariedade aos filhos de Collares, e à sua esposa, Neusa Canabarro, neste momento de dor. Que possam encontrar conforto na memória de sua trajetória e no reconhecimento de sua contribuição para nossa sociedade. O Rio Grande do Sul perde um grande líder, mas seu exemplo será eterno.”