Segundo a empresa, as compras começaram em janeiro de 2022. Na época, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) informou que o Brasil tinha 4.352.428 automóveis envolvidos, mas apenas 43,1% dos veículos haviam sido reparados, totalizando 1.876.789 carros.
Atualização dos dados de recall
Desde a publicação inicial, novos dados fornecidos pela Senacon revelam que o número de veículos afetados no Brasil subiu para 5.812.499, com 99 processos de chamamento iniciados até o momento. Desses, 3.345.589 veículos, ou 57,56%, foram atendidos. Contudo, ainda há mais de 2,5 milhões de carros circulando com airbags potencialmente mortais.
A situação se torna ainda mais alarmante diante das sete mortes confirmadas no Brasil devido a esses airbags defeituosos. O caso mais recente ocorreu em abril de 2024, quando o marceneiro Cléber Moreira morreu em São Paulo após uma colisão de baixa velocidade que ativou o airbag de seu carro, projetando estilhaços metálicos que o atingiram fatalmente.
Por que os airbags são mortais?
Os airbags da Takata, protagonistas do maior recall automotivo da história, foram fabricados com um defeito no insuflador, que, em contato com calor e umidade, pode explodir com força excessiva. Essa explosão rompe a bolsa de ar e lança fragmentos de metal contra os ocupantes do veículo. Globalmente, esses airbags já causaram 29 mortes e centenas de feridos.