Na gravação, o cliente — identificado como Gilson — aparece comprando o salgado e dando uma mordida. No mesmo instante, o salgado explode e o recheio quente vai contra seu rosto. É possível ver o vapor subindo do recheio após a explosão. Ele então passa a mão sobre o rosto e deixa a coxinha na bancada.
Ao Canal UOL, o dono do bar disse que tinha acabado de fritar o salgado e deixou na estufa por cerca de cinco minutos.
Esse cliente então chegou aqui e pediu uma coxinha que eu tinha acabado de fritar. E logo que ele pediu, aproximou [o salgado] da boca e, cara, deu um estouro... Não tinha visto de onde veio o barulho. Quando vi, era a coxinha perto da boca do rapaz. Só ficou a casca da coxinha na mão dele.
O Gilson se assustou bastante na hora, porque grudou massa no rosto dele e parte da coxinha [foi parar] no olho. E a gente ficou em desespero, né? A gente correu [para ajudá-lo], lavou o rosto dele numa pia que tem aqui perto do balcão e passamos uma pomada no rosto dele para dar uma amenizada. Depois, ele foi embora para casa. A gente passou a sexta-feira tenso, preocupado com a questão da saúde dele.
No sábado, ele retornou aqui, disse que estava tudo tranquilo, estava sossegado e tinha sido só um susto mesmo. Mas o rosto dele estava bem vermelho, não chegou a formar bolha [devido à queimadura], mas ficou bem vermelho. Christian de Souza Amaral, proprietário do bar Ponto do Filé
O que causou a explosão?
Em entrevista a Tilt, plataforma sobre tecnologia e ciência do UOL, Alberto de Andrade Reis Mota, doutor em química e professor do Centro Universitário Uniceplac, explicou que a água não evapora em temperaturas mais altas que 100 °C se estiver em um ambiente com pressão maior que a atmosférica, como era dentro da "coxinha-bomba".