Agro pode ser estratégico para Mercosul se fortalecer na guerra tarifária

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Na leitura de alguns especialistas, mais especificamente, são as entidades setoriais que podem assumir o papel de protagonismo nas negociações.

Roberto Uebel, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios Americanos da ESPM, chama esta movimentação de "diplomacia corporativa".

Para ele, a alternativa de reunir pontos em comum entre os países do Mercosul, na finalidade de se fortalecer perante as exigências da União Europeia, está em "não depender apenas da diplomacia pública". "Associações representativas têm papel de influência e talvez seja a única alternativa que nós tenhamos", ele avalia.

Uebel entende que, diante de uma "fragmentação do multilateralismo", os blocos econômicos passam a ter novas preocupações e a buscar novas parcerias. Neste sentido, ele acredita que o acordo Mercosul-União Europeia deva se concretizar.

"Evidentemente, isso afeta o agronegócio e é preciso estar às claras quais escolhas serão tomadas e ter as prioridades bem definidas, pois o mercado está precificando as relações", diz.

Isso significa que é preciso esclarecer quais setores do agro serão, de fato, priorizados nessa parceria estratégica entre Mercosul-UE. Também é necessário, aponta Uebel, um alinhamento de agendas — incluindo a ambiental —, e pensar em conjunto quais serão as consequências e respostas para uma possível retaliação do governo de Donald Trump, incluindo taxações maiores.

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