'Adolescência' será transmitida nas escolas, anuncia governo britânico

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A minissérie da Netflix "Adolescência", que explora as influências tóxicas e misóginas às quais os jovens são expostos na Internet, será transmitida gratuitamente nas escolas de ensino médio do Reino Unido, anunciou o governo britânico nesta segunda-feira (31).

"Esta é uma iniciativa importante para incentivar o maior número possível de estudantes a assistir ao programa", disse o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que assistiu à minissérie com seus filhos adolescentes.

O anúncio foi feito depois que Starmer se reuniu com os criadores do programa, juntamente com organizações beneficentes e juvenis, em sua residência de Downing Street para discutir os problemas expostos pelo programa.

A série é a série mais vista da Netflix no momento. Até 25 de março, foi vista por mais de 66,3 milhões de pessoas, de acordo com a plataforma.

No Reino Unido, tornou-se um fenômeno, com jornais publicando vários artigos sobre as questões levantadas.

"Adolescência" conta a história de um garoto de 13 anos, Jamie, que é preso e acusado de esfaquear uma estudante até a morte.

"Criamos esse programa para gerar discussão. Poder transmiti-lo nas escolas excede as nossas expectativas", disse Jack Thorne, roteirista da série.

Em quatro episódios, "Adolescência" disseca os motivos que podem ter levado o jovem a esse ato, evocando a influência do discurso misógino e machista e a impossibilidade de controlar o uso das redes sociais entre os adolescentes.

"Falar abertamente sobre as mudanças na maneira como se comunicam, no conteúdo que visualizam e entender as conversas que têm entre si é essencial para ajudá-los a lidar adequadamente com as influências nocivas", disse Starmer.

Maria Neophytou, da organização beneficente de proteção à criança NSPCC, disse que as empresas têm a "responsabilidade de garantir que suas plataformas e sites sejam projetados para serem seguros para os usuários jovens".

No Reino Unido, uma lei de segurança digital foi criada para reforçar as obrigações das plataformas, especialmente a de remover conteúdos ilegais.

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