Quem é Nelson Tanure?
É uma figura polêmica do empresariado brasileiro. Tanure conhecido por comprar empresas em dificuldades para vendê-las mais caro adiante. Natural de Salvador, começou a fazer esse tipo de negócio nos anos 80, com empresas do setor de estaleiros e petróleo.
Fez fortuna ao adquirir a Sequip, de serviços de engenharia voltada para a indústria de petróleo. Na sequência, investiu no setor naval ao adquirir o estaleiro Verolme, que estava em concordata. Nos anos 2000, adquiriu a Intelig por R$ 10 milhões e a vendeu mais tarde para a TIM por cerca de R$ 650 milhões.
Ele também acumula fracassos. Em 2001, assumiu o Jornal do Brasil. Dois anos depois, arrendou a Gazeta Mercantil, jornal de economia fundado em 1920. O JB saiu de circulação em 2018 por sete anos e só voltou ao digital depois de Tanure ceder a marca. A Gazeta foi extinta em 2009.
Hoje, ele é sócio de várias empresas. Dentre elas, a Light (LIGT3), Alliança Saúde (AALR3), Gafisa (GFSA3), PRIO (PRIO3), TIM Brasil (TIMS3), Docas, Sequip e Ligga (energia). "Tanure construiu uma reputação de investidor ousado, que busca reverter situações críticas com estratégias agressivas de corte de custos, venda de ativos e mudança na gestão", diz Daniela Lopes, planejadora financeira e assessora da Ébano Investimentos.
Por que o mercado reagiu bem?
Pode colocar a 'casa em ordem'. Ele é visto por parte do mercado como alguém capaz de destravar valor e recuperar empresas enfraquecidas. "No caso do GPA, a presença de Tanure é interpretada como uma tentativa de colocar a casa em ordem", diz Daniela.